Os deputados do PS, Manuel Afonso, Hugo Costa, António Gameiro, Mara Lagriminha e Nuno Fazenda, questionaram o Governo sobre que diligências pretende tomar para resolver o problema da poluição do Rio Alviela, no concelho de Alcanena.
Os eleitos apresentaram na quarta-feira, 16 de Dezembro, no Parlamento, um requerimento sobre o assunto pedindo que Ministro do Ambiente e Ação Climática esclareça o que está previsto para resolver o problema.
Apesar dos investimentos realizados na recuperação da ETAR e dos colectores industriais de Alcanena “as águas do rio continuaram a transportar espuma e a emanar um cheiro nauseabundo”, lê-se na moção “Em defesa do rio Alviela”.
A moção foi enviada ao presidente da Assembleia da República pela Assembleia Municipal de Santarém como forma de demonstrar a “preocupação local com o problema da poluição do rio Alviela e o intuito de encontrar uma resposta capaz para o resolver”.
O organismo municipal de Santarém concordou, maioritariamente, sobre “a premência de desenhar um plano estratégico, em articulação com o concelho de Alcanena e o Governo, que assegure a fiscalização das entidades que utilizam a água do rio nas suas actividades ou para realização de descargas”.
Este órgão defende ainda “a limitação da construção de mais equipamentos agro-pecuários ou industriais que constituam um factor de risco para o rio Alviela e o investimento e a aplicação de novos métodos produtivos, que não causem a degradação das águas do rio”.
Os deputados consideram que é urgente uma solução tanto mais que o Governo assume como prioritária a promoção de soluções integradas de tratamento dos afluentes agro-pecuários e de afluentes industriais, tendo integrado no seu Programa medidas para melhorar a gestão do ciclo urbano da água e a gestão de água para consumo humano.
O rio Alviela nasce na Gruta do Alviela, no concelho de Alcanena, onde está concentrada a indústria de curtumes. Num percurso de aproximadamente 51 quilómetros atravessa as freguesias de Vaqueiros, Pernes e São Vicente do Paul, no concelho de Santarém, passando por algumas explorações agro-pecuárias, até desaguar no Tejo.