A Direção-Geral da Saúde e a Segurança Social vão lançar brevemente as regras que permitem a reabertura dos centros de dia com segurança, anunciou a directora-geral da Saúde.

Na conferência de imprensa regular sobre a pandemia de covid-19, Graça Freitas adiantou que é uma matéria que tem estado a ser trabalhada e que na terça-feira se chegou a “um documento de consenso entre as partes”, que será publicado brevemente e que “permite, com a segurança possível e com o mínimo de risco, abrir os centros de dia”.

Graça Freitas explicou que “a abertura de diferentes actividades, em diferentes locais, tem a ver com a evolução epidemiológica” do país.

“Felizmente, nesta fase, estamos numa situação de controlo da situação epidemiológica com uma descida sustentada dos casos com as variações diárias, óbvias, que existem, mas que de qualquer maneira nos permite encarar a situação nesta fase com mais tranquilidade”, salientou.

Questionada sobre o pedido de audiência que a Ordem dos Enfermeiros pediu ao Governo por considerar que não está a ser acautelada uma segunda vaga nos lares, Graça Freitas afirmou que estes são os locais “mais observado, mais acompanhados” desde o início da pandemia.

Os lares merecem a “melhor atenção” porque “um dos pilares do combate a esta pandemia é tratar todos de acordo com as suas necessidades, mas dar muita atenção às populações vulneráveis”.

Estes equipamentos são foco de “uma atenção especial” e há “um pacote de regras, de orientações e de medidas que vão sendo actualizadas”.

Cada Administração Regional de Saúde (ARS), com as suas autoridades e com os seus profissionais da área da Segurança Social, “tem autonomia para fazer o seu próprio cronograma o seu próprio calendário e tomar as suas decisões”.

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, lembrou, a este propósito, a portaria publicada em Diário da República que cria um programa de apoio no valor de 10 milhões de euros para os lares definirem os equipamentos de protecção individual.

Na conferência, Jamila Madeira foi também questionada quando serão reabertos os clubes de diversão nocturna, uma medida que tem vindo a ser reivindicada pelos empresários do sector.

Em resposta, a governante afirmou que todas as semanas o Governo reavalia e reajusta as medidas, tendo em conta a avaliação da situação epidemiológica.

“Essa sinalização por parte das entidades ligadas aos bares e à vida nocturna foi já por diferentes vezes sinalizada” e tem sido acompanhada pela DGS e pelos ministérios da Saúde e da Economia”, disse, acrescentando que essa situação voltará a ser analisada na quinta-feira em Conselho de Ministros.

“Não consigo antecipar decisões do Conselho Ministros, mas da nossa parte o que as entidades do sector podem ter a certeza é que têm o máximo de preocupação, mas também acomodando com aquelas que são as energias em prol da segurança de todos”, rematou.

O final da Taça de Portugal e da Liga de Campeões também foi abordada na conferência com Graça Freitas a afirmar que vão decorrer à porta fechada como aconteceu com as outras competições.

“A Direção-Geral de Saúde e a Federação Portuguesa de Futebol encetaram uma série de negociações que das quais resultaram regras muito estritas, muito concisas e muito precisas para que as competições desportivas pudessem retomar sem pôr em perigo a segurança, nem das pessoas que participam nas competições, nem adeptos”, lembrou.

Essas regras “resultaram bem” e o campeonato “decorreu sem incidentes”, observou, acrescentando: “Todos sabem que tivemos alguns casos que foram testados e deram positivo. Procedeu-se ao protocolo, isolaram-se as pessoas houve uma conduta ética em que todos os intervenientes eram de facto informados sabiam o que se passava”.

“Tudo isto se passou de forma extremamente exemplar” porque se “cumpriram as regras, os protocolos e os pareceres que foram feitos entre as partes”, disse ainda.

O mesmo se vai aplicar ao final da Taça de Portugal e o que se espera é que “o comportamento dos adeptos seja igualmente exemplar e que a comemoração exista, mas com a necessária distância física entre as pessoas”, disse.

Portugal contabiliza pelo menos 1.725 mortos associados à covid-19 em 50.613 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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