O Executivo da Câmara Municipal de Santarém aprovou hoje, por unanimidade, a proposta que permitirá digitalizar mais seis décadas de edições em papel do ‘Correio do Ribatejo’, depois de, numa primeira fase (Abril de 2009), estava Francisco Moita Flores presidente da Autarquia, terem sido digitalizados todos os números de “O Santareno”, do “Correio da Extremadura” e do “Correio do Ribatejo” entre 1945 e 1951, jornais fundados por João Arruda, natural da Ribeira de Santarém.

No protocolo estabelecido entre o Município de Santarém e a empresa detentora do título ‘Correio do Ribatejo’ – Verdade das Palavras Comunicação Social, Lda, – ambos acordam “o desenvolvimento de acções que assegurem a protecção do acervo histórico constituído pelos números do jornal “Correio do Ribatejo”, entre os anos de 1952 e 2012, designadamente a sua digitalização, bem como a preservação pelos serviços de encadernação da autarquia de jornais que se encontrem em mau estado de conservação, nomeadamente ao nível das lombadas dos livros onde se encontram encadernados ou de outras patologias próprias do desgaste do papel pelo tempo”.

O apoio atribuído pela autarquia à digitalização do ‘Correio do Ribatejo’, a efectuar pela empresa Luís Pavão Limitada, com larga experiência neste tipo de trabalhos, tendo já sido a responsável pela digitalização dos anteriores números dos Jornais “O Santareno”, “Correio da Extremadura” e “Correio do Ribatejo” até ao ano de 1951, ronda os 24 mil euros (acrescidos de iva).

Depois de concluída a digitalização, que segundo a empresa deverá ocorrer “até finais de Dezembro deste ano”, está prevista a realização de uma exposição, em Março ou Abril de 2022, no âmbito das Festas da Cidade de Santarém e do 131.º Aniversário deste Jornal, que mostrará o trabalho agora realizado e a evolução que o Jornal tem sofrido ao longo dos anos, desde a sua fundação, nos finais do século XIX, até aos nossos dias.

Para João Paulo Narciso, director do ‘Correio do Ribatejo’, a decisão do actual executivo “foi no sentido de se prosseguir esse trabalho de preservação digital da memória escrita em papel num dos mais antigos jornais regionais existentes no nosso país, importante fonte de informação para o estudo e a compreensão da História do final do século XIX até à actualidade da cidade e do distrito de Santarém”.

“Há um número elevado de investigadores e curiosos interessados na consulta destes periódicos. A intensa utilização, o tipo de suporte e o tempo de vida destas fontes históricas podem conduzir à sua degradação e possível destruição. Esta última será irreparável pois só a sede do “Correio do Ribatejo” possui a colecção completa”, lembra.

É, pois, neste espírito que o Jornal pretende desenvolver novas iniciativas com o objectivo principal de reforçar a literacia, a inclusão para a comunicação social, o conhecimento da realidade local e regional, bem como a captação de novos leitores.

Estes princípios sustentaram uma candidatura do Jornal aos Incentivos do Estado à Comunicação Social, em Abril deste ano, que ainda se mantém em apreciação por parte da respectiva CCDR e que procurará ajudar à valorização dos conteúdos publicados pelo Jornal, a sua pesquisa em formato digital de forma aberta à exploração da comunidade interessada ou a utilização partilhada e o acesso a centros de documentação, a bases bibliográficas e a bases de conhecimento existentes.

“Paralelamente à digitalização de mais seis décadas deste Jornal, procurámos desenvolver uma parceria com a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém que visa o desenvolvimento de um motor de busca para operacionalizar a consulta digital de todas as edições deste histórico jornal a caminho dos 131 anos de edições ininterruptas. Pretende-se ainda captar novos leitores, promovendo ainda mais visitas de estudo ao Jornal, assim a situação sanitária do país o permita”, acrescenta o director do “Correio do Ribatejo”.

“A componente digital, concretizada através do motor de busca, mesa interactiva e acesso digital a todas as edições do Jornal, é muito significativa. As comunidades locais serão fortemente beneficiadas no vasto e facilitado acesso a temas de especial relevância para a região, actuais e passados”, conclui Paulo Narciso.

Ler notícia completa na edição impressa de 30 de Julho de 2021.

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