Foto de arquivo
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O dispositivo de combate a incêndios rurais (DECIR) na sub-região do Médio Tejo para a fase mais crítica “é muito semelhante ao de 2023”, contando com 600 operacionais, 145 veículos e três meios aéreos, disse fonte da proteção civil.

O comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, David Lobato, disse hoje à Lusa que o dispositivo operacional (DECIR 2024) “é similar ao do ano passado”, contando na fase mais crítica com cerca de 600 operacionais, 60 viaturas e três meios aéreos, além de três máquinas de rasto e o apoio de meios humanos e materiais de várias entidades, como o ICNF, UEPS/GNR, Afocelca e municípios, a par das novas tecnologias, com sistemas de apoio à decisão por georeferenciação e acompanhamento em tempo real das condições do vento e do terreno.

“A análise que foi feita é que estes meios são suficientes para aquilo que é o nosso histórico e mantemos os mesmos homens, os mesmos meios, e não alterámos a dinâmica”, afirmou, tendo destacado que o dispositivo assenta em premissas que se vão manter este ano, como sejam “o pré-posicionamento de meios”, a “monitorização permanente”, uma “deteção precoce” e o “despacho imediato e musculado de meios”.

David Lobato lembrou que, aos 600 operacionais na fase Delta, de 01 de julho a 30 de setembro, “a sub-região tem cerca de 900 bombeiros no quadro ativo e que são também mobilizáveis, se houver essa necessidade” de apoio.

“Se não acontecerem [os incêndios] todos ao mesmo tempo”, o dispositivo tem a “capacidade de os debelar numa fase muito inicial”, assegurou.

O comandante alertou para um quadro com “muitos combustíveis finos” nas áreas florestais, tendo lembrado que “choveu muito” e que, com temperaturas como as registadas hoje, a 31 de maio, na ordem dos 37º C, “se houver negligência e dolo pode gerar problemas complicados”, tendo apelado à contínua limpeza dos terrenos e a cuidados acrescidos com as queimas e queimadas.

Assim, segundo disse o comandante na apresentação do DECIR, realizada hoje por videoconferência a partir do comando instalado em Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, na fase máxima, Delta (01 de julho a 30 de setembro), o Médio Tejo contará com 600 operacionais, 150 dos quais em permanência 24 horas, 27 equipas de intervenção permanente (EIP), com 135 elementos, e uma força de ataque ampliado com dois grupos de combate de âmbito sub-regional para reforço imediato, a par de dois grupos de combate a incêndios florestais para reforço fora da sub-região, num total de 133 bombeiros.

A Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), para intervenção em ataque inicial, é constituída por sete equipas e sete veículos, num total de 38 militares, a que se juntam 16 equipas e duas brigadas de sapadores florestais, com 107 operacionais, a par de equipas da Afocelca (associação de produtores florestais), com duas equipas terrestres, uma máquina de rasto e uma equipa de combate helitransportada.

No Sardoal está já um helicóptero em permanência, entrando o de Ferreira do Zêzere em 01 de junho e, posteriormente, também nesta base, ficará um helicóptero pesado, existindo um meio aéreo adicional à disposição da região, o da Afocelca, adiantou David Lobato.

A GNR e a PSP estarão presentes, na parte da fiscalização e vigilância, com cerca de 54 elementos, contando a sub-região, no apoio ao combate, com três máquinas de rasto das câmaras municipais de Ferreira do Zêzere, Abrantes e Mação, além das que podem ser contratualizadas a particulares.

O comandante destacou ainda os 11 postos de vigia e as 11 câmaras de vigilância que estarão a funcionar no Médio Tejo.

“Os meios são suficientes e estamos preparados. Só não estamos preparados para o excecional. Mas isso é o excecional”, declarou.

O comando sub-regional do Médio Tejo abrange os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

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