Um conjunto de docentes do Instituto Politécnico de Santarém venceu, juntamente com outras instituições de ensino, o Projeto ERGUES, que tem como objetivo dar melhores condições de ensino e reformar o sistema educativo de São Tomé e Príncipe.

A candidatura, liderada pelo Instituto Marquês de Valle Flor, reuniu quatro instituições de ensino superior (a Universidade de Aveiro, a Universidade Católica, a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Santarém) com o objetivo de introduzir novas metodologias de ensino e contribuir “para a melhoria da qualidade de ensino em São Tomé e Príncipe”.

Para o efeito, este projeto tem várias prioridades, entre elas a promoção do ensino técnico-profissional, a introdução de materiais didáticos, a formação de professores e a introdução de instrumentos estatísticos no Ministério de Educação de São Tomé e Príncipe.

A professora coordenadora Susana Colaço, responsável pela coordenação da equipa de docentes do Politécnico de Santarém, disse, em declarações à Lusa, que as quatro instituições de ensino superior “vão trabalhar em estreita relação com as equipas locais de São Tomé e Príncipe”, “sem impor o quer que seja”.

“Vamos trabalhar com as equipas locais sem assumir que sabemos mais ou menos, estamos todos em pé de igualdade”, referiu.

Segundo a professora, o Instituto Politécnico de Santarém foi convidado a estar nesta iniciativa pela importância que tem tido na criação e introdução de manuais escolares nas escolas de São Tomé e Príncipe.

“O Instituto Politécnico de Santarém tem um histórico muito grande na criação de currículos para o ensino básico e na criação de manuais escolares, que são atualmente utilizados pelos alunos de São Tomé e príncipe. Vamos fazer uma nova atualização destes manuais e fazer manuais para o ensino secundário em todas as disciplinas, porque só existem livros para o primeiro e segundo ciclo. Vamos também tentar implementar estes manuais em formato digital”, revelou.

Segundo Susana Colaço, este projeto vai ter um impacto significativo na comunidade educativa de São Tomé e Príncipe e beneficia também o Instituto Politécnico de Santarém, que ao longo dos últimos anos tem participado em vários programas educativos neste país.

O ERGUES (Ensino e Reforma da Governação Educativa em São Tomé e Príncipe) tem uma dotação orçamental de 3,6 milhões de euros e um período de implementação de 36 meses.

A iniciativa é promovida pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e estão previstas uma série de missões a serem realizadas pelas quatro instituições de ensino com a criação de equipas que vão trabalhar no terreno juntamente com as equipas locais.

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