José Alberto Pereira, Presidente do Rotary Clube de Santarém

“É fundamental reforçar o espírito rotário em Santarém”

José Alberto Pereira é o novo presidente do Rotary Clube de Santarém, tomou posse no cargo a 27 de Junho, no decorrer de um jantar cerimónia de transmissão de tarefas. Contudo a sua ligação ao Movimento é já de duas décadas.

Nesta entrevista ao Correio do Ribatejo, José Pereira refere que o seu primeiro objectivo para este mandato “é que as pessoas voltem a sentir o prazer de serem rotários, de serem agentes da mudança positiva de que o mundo precisa e para a qual nós queremos contribuir”, afirma. 

Entende ainda ser “fundamental reforçar o espírito rotário em Santarém”, através do entrosamento dos laços entre os diversos Clubes (por escalões etários) que constituem aquilo a que chama “a Família Rotária Scalabitana”. 

“Como rotários, devemos ser uma luz de esperança para quem sofre. Precisamos, cada vez mais e como refere o lema rotário desde novo ano, de criar esperança no mundo”, conclui.

Como é que o Rotary surgiu na sua vida?

A primeira vez que ouvi falar em rotários e movimento rotário foi em Almeirim, cidade onde resido, durante o ano de 2002. Fui abordado por um colega meu da CGD, que me disse que estava um novo clube em formação e que o movimento seria uma boa ideia para mim, já à altura uma pessoa altruísta, interessada em apoiar os problemas das outras pessoas. 

Há quanto tempo entrou em Rotary e quais foram as suas motivações?

Entrei para Rotary em 6 de Junho de 2003, data da entrega da carta constitucional (criação) do Rotary Clube de Almeirim. Ao todo fomos emblemados 19 Companheiros (o termo rotário para os que integram o movimento), aos quais os respectivos padrinhos apuseram o emblema identificativo na lapela. O meu padrinho foi o Engº Mário Rebelo, posteriormente Governador do Distrito Rotário 1960 (Portugal sul e ilhas) em 2009 – 2010. 

O que significa para si ser rotário?

Ser rotário é fazer a diferença na sociedade em que vivemos. Num mundo que enaltece o individualismo e o egocentrismo, ser rotário é estar disponível para servir, apoiar causas e ajudar a resolver problemas que afectam pessoas, localidades, regiões e até países. A luta contra a polio e outras doenças, a promoção da paz, a defesa da água e do ambiente, a educação e a capacitação de meninas são algumas das nossas bandeiras. Ser rotário é também fazer parte de algo maior, um movimento organizado de quase dois milhões de pessoas, reconhecido pela ONU, presente em 217 países através de 530 distritos rotários e quase 65 mil clubes. É um poder enorme de mudança positiva, para o bem da sociedade e de todos nós.

Qual foi o momento mais importante que já viveu ao serviço do Rotary?

Tenho muitos momentos ricos e marcantes na minha actividade rotária ao longo destes 20 anos. No entanto, talvez a mais extraordinária ocorreu a 30 de Novembro de 2021, quando participei em directo e online no jantar da Visita Oficial do Governador Paulo Martins ao nosso Clube, a partir de Pokhara, no Nepal, onde me encontrava. Foi a primeira vez no distrito 1960 que um Companheiro participou de tão longe numa cerimónia destas, o que devo agradecer ao nosso presidente da altura, o Companheiro Luís Valente. A mim custou-me uma noite quase sem dormir, pois a diferença horária entre Portugal e o Nepal ronda as cinco horas, o que significa que entrei em directo por volta das quatro da manhã locais. Mas foi extraordinário!

O que é que os companheiros podem esperar de si enquanto presidente do RCS?

Desde que comecei a preparar a nossa presidência, tenho sempre dito aos Companheiros que constituem a nossa equipa ao que venho: verdade, lealdade, clareza, transparência, amizade, prazer no trabalho rotário. Temos na equipa deste ano um conjunto de excelentes pessoas, de um carácter ímpar, eticamente muito fortes e profissionalmente muito competentes. É uma equipa de que me orgulho e na qual não me considero o primeiro, mas o último numa perspectiva de serviço. Já estamos a trabalhar a toda a força e os resultados não devem demorar a surgir.

Quais serão as suas principais linhas de actuação?

O meu primeiro objectivo é que as pessoas voltem a sentir o prazer de serem rotários, de serem agentes da mudança positiva de que o mundo precisa e para a qual nós queremos contribuir. Depois, é fundamental reforçar o espírito rotário em Santarém, entrosar os laços entre os diversos Clubes (por escalões etários) que constituem aquilo a que chamo a Família Rotária Scalabitana. A disponibilidade e paixão dos jovens é fundamental na nossa actividade e tenho muita confiança e apreço pelos elementos que irão liderar o Rotaract e os Interacts. Malta boa, de coração puro e vontade de agir, a mostrar que os jovens são muito melhores do que muitos de nós pensamos. Por fim, reforçar o espírito rotário na nossa área de influência, nomeadamente em Santarém, nas suas freguesias e no Cartaxo, mostrando às pessoas que o serviço ao próximo e à comunidade é uma forma de realização, esclarecendo-as sobre temas da actualidade que as preocupam, apoiando quem desenvolve o trabalho em prol da Comunidade e promovendo as suas iniciativas.

Na sua perspectiva, quais são os pontos fortes do clube e quais os que ainda podem ser melhorados?

O Rotary Clube de Santarém faz a 20 de Setembro 60 anos de idade. Por isso mesmo e pela actividade que tem desenvolvido quer na Comunidade Scalabitana quer no Distrito 1960 é uma referência incontornável. Pessoas como José Manuel Cordeiro, José Júlio Eloy, António Palma, José Antunes Pereira, Francisco Viegas, Manuel Lopes Branquinho, Manuel Serra, Fernando Lucas, António Faia, Gonçalves Novo, Francisco Rufino e Manuel Miguéns, só para citar alguns, foram Companheiros no Rotary Clube de Santarém. Este é o nosso património, que está plasmado no livro “Santarém no trilho secular dos rotários pelo Mundo”, escrito pelo Professor Doutor Martinho Vicente Rodrigues e publicado em 2016. Mas existem sempre aspectos a optimizar e entre esses destaca-se a necessidade de uma presença mais eficaz noutras localizações da área de influência do Clube, nomeadamente as freguesias de Santarém e o Município do Cartaxo, algo que tencionamos desenvolver.

Quais são os principais desafios que a região de Santarém enfrenta e de que forma o Rotary Clube poderá contribuir para a resolução dessas questões?

A Região de Santarém sempre sofreu de uma interioridade camuflada, pois a proximidade à capital funciona mais como inibidor de desenvolvimento que como alavanca de crescimento. É sempre mais fácil culpar as entidades públicas, mas a realidade é que este contexto nos tem impedido de crescer em diversos patamares (ecossistema empresarial, comércio, logística e distribuição, infra-estruturas de transportes, saúde, defesa e segurança, desporto, até na religião). 

A Região de Santarém encontra-se ainda bastante ancorada na agricultura extensiva (ou de regadio), passando por vezes uma imagem de alguma letargia que não corresponde minimamente à realidade. Devido à agricultura, o fenómeno migratório é uma preocupação crescente na Região, ao qual urge aplicar medidas concretas e integradoras. Em todas estas frentes, é nossa vontade contribuir promovendo o esclarecimento e o debate sobre temas que efectivamente preocupem as pessoas, ajudando a pensar, planear e agir.

Como é que o Rotary Clube de Santarém projecta promover a ética profissional e a responsabilidade social entre os seus membros e na comunidade em geral?

Tradicionalmente, os Clubes rotários homenageiam anualmente profissionais da sua área de influência, que se destaquem pela sua actividade e contributo para a Comunidade. Este ano não será diferente, quer no que respeita a profissionais que, no ano transacto, se destacaram nas suas funções quer, numa outra vertente, homenageando pessoas cuja carreira profissional constitui um bem precioso no serviço e contributo para a Comunidade em que se inserem. Por outro lado, temos a ambição de incrementar o nosso relacionamento com o tecido empresarial da Região, promovendo também do seu lado a aplicação de estratégias activas de responsabilidade social, no apoio à Comunidade.

Quais são as estratégias do Rotary Clube de Santarém para atrair novos membros e garantir a diversidade e a representatividade dentro do clube?

Como movimento onde as admissões são usualmente por indicação, os rotários têm sido ao longo dos anos bastante selectivos na entrada de novos membros. No entanto, esta atitude tem vindo a ser contrariada e até criticada nos últimos cinco a dez anos. Um movimento de maior abertura à sociedade e maior empenho na captação de novos membros tem vindo a tomar forma um pouco por todo o mundo. Com a presidência do indiano Shekhar Mehta, em 2021-2022, este movimento oficializou-se e é hoje a atitude oficial do movimento rotário. Em primeiro lugar, a maioria das nossas reuniões serão abertas à Comunidade, em princípio por convite, mas com eventuais ajustamentos. A distribuição profissional é importante, pois permite alargar o espectro de intervenção em função das valências de cada Companheiro. Por outro lado, é fundamental dar lugar às mulheres, durante anos demais ostracizadas no movimento rotário. É o género feminino que reúne hoje o melhor naipe de competências e capacidade de intervenção ao nível técnico, de gestão e social, pelo que a nossa aposta irá centrar-se nas mulheres para robustecer as competências do Clube, naturalmente sem descurar a valia de potenciais intervenientes masculinos. O essencial é tornar a participação atractiva através da riqueza das acções e iniciativas.

De que forma o Rotary Clube de Santarém pretende incentivar a participação activa dos seus membros em prol da comunidade?

Em termos objectivos, pretendemos desenvolver mais acções que incluam toda a Família Rotária Scalabitana, sem retirar naturalmente a liberdade a cada um dos Clubes de promover as suas próprias acções. No entanto, em termos de impacto e de planeamento, a colaboração entre os diversos escalões etários em acções conjuntas (Rotary, Rotaract e Interact) tem dado muitas e boas provas em inúmeros Clubes do Distrito 1960, pelo que não existe nenhum motivo para que em Santarém não se proceda de igual forma. Tudo reside, como anteriormente referi, no nível de atractividade que se consiga implementar em cada acção a desenvolver. É aqui que tentaremos intervir.

Quais são as parcerias locais e regionais mais significativas estabelecidas pelo Rotary Clube de Santarém e de que forma essas colaborações têm beneficiado a comunidade?

Ao longo do tempo, o Rotary Clube de Santarém tem vindo a manter parcerias de valor com diversas entidades, de entre as quais se podem destacar: a Câmara Municipal de Santarém, a União de Freguesias da Cidade de Santarém, a Santa Casa da Misericórdia de Santarém, o Lar de Santo António da Cidade de Santarém, o Conservatório de Música de Santarém, o Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, o Círculo Cultural Scalabitano, o Centro Cultural Regional de Santarém, o Agrupamento de Escolas de Sá da Bandeira, o Agrupamento de Escolas Ginestal Machado, o Centro Social Interparoquial de Santarém, o Comando Territorial da GNR e outras entidades. Ao nível das empresas, temos mantido parcerias com as Águas São Silvestre e com a Olitrem. Estas parcerias têm beneficiado a Comunidade através de acções de divulgação, palestras, entrega de equipamento médico (durante o período da pandemia), produção de estudos científicos, bolsas de estudo e prémios escolares. É nossa ambição intensificar e alargar este relacionamento a novas instituições e empresas, de forma a podermos apoiar mais e de forma mais diversificada a Comunidade.

Quais são as medidas do Rotary Clube de Santarém para promover a educação na região?

Tradicionalmente, os Clubes rotários premeiam anualmente os melhores alunos da sua área de influência. No Rotary Clube de Santarém, são premiados alunos da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, da Escola Secundária Sá da Bandeira, do Conservatório de Música de Santarém, da Escola Técnica e Profissional do Ribatejo, da Escola Superior Agrária, da Escola Superior de Saúde e da Escola Superior de Gestão e Tecnologias do Instituto Politécnico de Santarém, do Lar de Santo António da Cidade de Santarém e do Lar dos Rapazes da Santa Casa da Misericórdia de Santarém. Paralelamente, temos vindo a atribuir quatro bolsas de estudo a alunos do ensino superior, número que poderá aumentar na medida em que encontremos mecenas disponíveis para colaborar connosco no apoio a novos estudantes.

Quais são as iniciativas do Rotary Clube de Santarém para fomentar o empreendedorismo e apoiar pequenas e médias empresas locais?

Estamos a ponderar efectuar algumas iniciativas a este nível, preferencialmente em parceria com entidades autárquicas e/ou empresariais. Temos, no entanto, um projecto em embrião de estudo e capacitação em profissões tradicionais, que poderá avançar se encontrarmos as parcerias e apoios ajustados para o efeito.

De que forma o Rotary Clube de Santarém pretende envolver-se no combate às alterações climáticas e na promoção da sustentabilidade ambiental?

Pela primeira vez o Rotary Clube de Santarém vai ter uma área dedicada às questões ambientais, cuja companheira responsável é uma pessoa muito competente na área e uma verdadeira entusiasta ambiental. A actividade vai-se desenrolar em três eixos: capacitação para os desafios ambientais, acções de literacia ambiental e redes de cooperação para o ambiente. Palestras, publicação de artigos e visitas ambientais estão também a ser pensadas.

Como o Rotary Clube de Santarém planeia incentivar a participação dos jovens na liderança comunitária e na resolução de problemas sociais?

O Rotary promove anualmente eventos RYLA (Rotary Youth Leadership Awards), organizados por distritos ou clubes, destinados a jovens entre os 14 e os 30 anos e com duração entre os três e os 10 dias. Estes eventos destinam-se a reforçar as suas capacidades de liderança e decisão, a estabelecer novas amizades e a reforçar valores éticos de forma divertida e descontraída. Contamos promover junto dos jovens da nossa Comunidade a presença nestes eventos.

Quais são os projectos internacionais prioritários do Rotary Clube de Santarém e como a comunidade local pode apoiar essas iniciativas?

Pela primeira vez no Rotary Clube de Santarém, os responsáveis pelos Serviços Internacionais não residem em Santarém, nem sequer em Portugal. Um deles está a trabalhar e residir em Luanda, Angola, e o outro em Nairobi, no Quénia. O objectivo é estabelecer laços de Amizade e Companheirismo com os rotários destes países e, eventualmente, de outros países africanos, um continente tão sofredor. Paralelamente, mantenho excelentes relações com rotários do Nepal, país onde me desloco todos os anos, com quem contamos reforçar o relacionamento rotário. Por fim, o Clube mantém bom relacionamento com outros Clubes europeus, nomeadamente espanhóis, que tentaremos reforçar. Temos já alguns projectos em pipeline, que a seu tempo divulgaremos à Comunidade para eventual apoio e participação.

Quais são as estratégias do Rotary Clube de Santarém para angariar fundos e garantir recursos financeiros para os seus projectos e programas?

O movimento rotário tem meios próprios para financiar os projectos que promove. No entanto, este financiamento é apenas parcelar, empurrando assim para a gestão dos Clubes a captação de parte significativa do funding destes projectos. Neste contexto, as doações de particulares (rotários ou não rotários) e, sobretudo, as parcerias com o tecido empresarial são a nossa maior oportunidade para obter os fundos necessários. Desde o patrocínio de eventos à contribuição nos projectos, passando pelo apoio nas bolsas de estudo e prémios escolares, todas estas modalidades se constituem como oportunidades para as empresas melhorarem a sua imagem na Comunidade e no mercado, reforçarem a sua estratégia de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável e obterem vantagens directas, pois os clubes rotários têm a possibilidade de emitir recibos sobre os donativos que recebem.

De que forma o Rotary Clube de Santarém promove a cultura e o intercâmbio cultural entre os seus membros e a comunidade local?

A ligação que temos mantido com os agentes sociais e culturais da nossa área de influência é a melhor estratégia para reforçar este intercâmbio. Procuraremos sempre aprofundar este relacionamento, bem como alargar o seu âmbito a outras instituições. Neste sentido, estamos já a desenvolver contactos com a Secção de Fotografia do Centro Cultural Regional de Santarém e com os Urban Sketchers Santarém, como vista ao desenvolvimento de acções comuns. Mas estamos crentes que outras entidades se lhes seguirão.

Como é que o Rotary Clube de Santarém pretende aproveitar as oportunidades tecnológicas e digitais para fortalecer o seu impacto e alcance na comunidade?

O Rotary Clube de Santarém está já presente nas principais redes sociais: facebook, twitter, LinkedIn e Instagram. Vamos em breve arrancar com a reconversão do nosso site e com o desenvolvimento de uma nova plataforma interna de gestão de informação.

Quais são as estratégias de comunicação e divulgação do Rotary Clube de Santarém para ampliar a conscientização e o envolvimento da comunidade?

A estratégia de comunicação do Rotary Clube de Santarém desenvolve-se em dois planos: a nível personalizado, iremos utilizar instrumentos de contactos directos como mail, whatsapp, messenger ou telefone, para contactar com os nossos Companheiros e de outros Clubes, bem como pessoas e entidades de relevo para acções e eventos a efectuar; a nível massificado, a comunicação será reforçada nas redes sociais, mas também nos órgão de comunicação social (locais/regionais, revista Portugal Rotário, outras), com quem mantemos excelente relação.

De que forma o Rotary Clube de Santarém valoriza e reconhece o trabalho voluntário dos seus membros e parceiros na comunidade?

Os distritos clubes rotários têm a tradição de reconhecer os Companheiros que, em cada ano rotário, se destacam no serviço e na actividade rotária. É isso que pretendemos retomar no Rotary Clube de Santarém. As pessoas devem estar em Rotary porque se sentem bem, por prazer e por paixão. Os tempos que vivemos são desafiantes, as angústias do mundo caem-nos em cima a todos de uma forma bastante pesada e por vezes bastante cruel. Como rotários, devemos ser uma luz de esperança para quem sofre. Precisamos, cada vez mais e como refere o lema rotário desde novo ano, de criar esperança no mundo.

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