Sem que tenhamos a noção de como o tempo fluiu tão célere, já estamos de novo às portas de mais uma temporada taurina, começando a surgir informação sobre os primeiros cartéis nas praças cuja tradição marca a abertura dos seus tauródromos já no próximo mês de Fevereiro.

A disputa empresarial pelas principais praças de toiros, ou até pelas que apenas realizam um festejo por ano, as mudanças de apoderados, quase sempre assentes na afinação de estratégias em função do poderio daqueles que ao mesmo tempo são empresários, ou estão nas suas boas graças, e o acerto das quadrilhas, antecede o frenesim do anúncio dos cartéis.

Quando a temporada transacta queimava os últimos cartuchos, passava a ideia de que os protagonistas da Festa, através das respectivas associações, iriam aproveitar este período para harmonizar estratégias, para limar algumas arestas de aspectos que não teriam corrido tão bem quanto se desejava, para que a temporada que terá o seu ponto de partida no próximo dia 1 de Fevereiro, em Mourão, pudesse contribuir para a dignificação da Tauromaquia, num tempo em que até os anti-taurinos dão tréguas, pois até eles já perceberam que não valerá a pena investir muito esforço, tempo e dinheiro para impedir uma coisa que, tendencialmente, se extinguirá por morte “natural”.

Alguns românticos, em cujo grupo me incluo, ainda vamos pugnando por um ambiente sadio e genuíno que possa constituir um tónico para a expansão da Tauromaquia em Portugal, porém, aqueles que vivem do negócio taurino – sobretudo os empresários, os apoderados, os ganadeiros e alguns toureiros – não parecem nada preocupados com o futuro. E talvez tenhamos de lhes dar razão, pois se o futuro a Deus pertence, para que estamos nós, simples mortais, a preocupar-nos com matéria tão transcendente?

Que seja, então, o que Deus quiser e aproveitemos enquanto é tempo. Porque não haveremos nós de seguir o exemplo daqueles que não vêem mais do que a ponta do nariz?

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