A Ordem dos Engenheiros (OE) saudou hoje o interesse dos jovens pela área, lembrando que os cursos com médias de acesso mais elevadas são de engenharia e que sobraram poucas vagas no concurso de acesso ao ensino superior.

Dos dez cursos com médias mais elevadas, metade pertence a áreas das engenharias, lembrou hoje a OE, baseada nos resultados da 1.º fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), divulgados este fim de semana pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

O curso de Engenharia Aeroespacial voltou a ocupar três posições entre as cinco com médias mais elevadas, com a formação dada na Universidade do Minho, no Instituto Superior Técnico e na Universidade de Aveiro a serem as que mais atraem e reúnem mais alunos.

O curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho foi o que teve a nota de acesso mais elevada, sendo que o último aluno a entrar tinha média de 18,86 valores (numa escala de zero a 20).

O curso de Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, foi o segundo com a nota mais elevada (18,68), seguindo-se o curso de Medicina do Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, onde o caloiro com a nota mais baixa teve média de 18,68 valores.

Em 4.º lugar volta a surgir a Universidade do Porto, com o curso da Faculdade de Engenharia e Gestão Industrial (média de 18,55), seguindo-se mais um curso de Engenharia Aeroespacial, o da Universidade Aveiro, onde o último a entrar teve uma média de 18,52 valores.

Na opinião da OE, os resultados da 1.º fase do CNAES vieram mostrar “que os melhores talentos jovens nacionais continuam a optar por cursos de engenharia”.

“É com profunda satisfação que a Ordem dos Engenheiros assiste a mais um ano com as Engenharias no topo das colocações”, disse o Bastonário da OE, Fernando de Almeida Santos.

Este ano, cerca de 90% das vagas em Engenharia nas Universidades ficaram preenchidas na 1ªfase, mas também é na área das engenharias que se encontra a maioria dos 38 cursos que não tiveram qualquer candidato, segundo uma análise feita pela Lusa.

A maioria destes 38 cursos são ministrados em institutos politécnicos e são nas áreas das engenharias.

Há cursos vazios nos Institutos Politécnicos de Leiria, Bragança, Castelo Branco, Santarém, Guarda, Setúbal e Tomar, mas também em três universidades: Engenharia de Computadores da Universidade da Madeira, Engenharia Alimentar na Universidade do Algarve, assim como três cursos da Universidade da Beira Interior – Química Medicinal, Física e Aplicações e Bioengenharia.

Por outro lado, as engenharias são a área de estudo que mais vagas abriu – mais de dez mil na 1.º fase – e uma das três áreas mais desejadas: 8.635 alunos escolheram cursos de engenharia como 1.º opção.

As engenharias só foram ultrapassadas como primeira opção de estudo pelas ciências empresariais (9.175 candidatos) e pela área da saúde (8.692 candidatos), sendo que estas duas áreas abriram muito menos vagas do que a procura que têm, o que leva a que sobrem menos ou nenhuma vaga.

No total de todos os cursos, sobraram 5.212 vagas para a segunda fase do CNAES, que arranca hoje e termina a 5 de setembro.

Quase 50 mil alunos ficaram colocados na 1.º fase do CNAES, um número ligeiramente abaixo do registado no ano passado, mas que representa a entrada de 84% dos candidatos.

Leia também...

Alcanena assinalou 100º Aniversário de Joaquim Pereira Henriques

A Câmara Municipal de Alcanena promoveu, na manhã do dia 16 de Março, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, a sessão…

Mais 11 cabazes “Bebé Feliz” entregues pela Câmara Municipal de Alcanena

A presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, acompanhada pela vereadora Maria João Gomez, e pelos vereadores Luís Pires e Hugo Santarém, entregou,…

Ensaio aberto de “Didascálias — Ou como se constrói uma casa” no Cartaxo

O Centro Cultural do Cartaxo recebe, sexta-feira à noite, um ensaio aberto do projeto “Didascálias — Ou como se constrói uma casa (título provisório)”,…

Torreshopping celebra 18 anos com programação especial

O mês de Abril assinala dezoito anos de mudança para a cidade de Torres Novas. Em 2005 nascia o primeiro centro comercial da zona…