Quatro restaurantes de Rio Maior receberam da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo os certificados atribuídos aos estabelecimentos que vão integrar o Guia dos Restaurantes Certificados da Lezíria do Tejo.
A sessão decorreu à margem da cerimónia oficial de inauguração da Feira Nacional da Cebola de Rio Maior – FRIMOR 2018, ocorrido na quarta-feira, dia 29 de Agosto. Estes quatro restaurantes do concelho de Rio Maior juntam-se assim a outros seis de Almeirim certificados recentemente e que agora vão integrar o Guia dos Restaurantes Certificados dos 11 concelhos da Lezíria do Tejo, com base na Carta Gastronómica elaborada pela Confraria Gastronómica do Ribatejo.
Palhinhas Gold, Salarium, Terra Chã e O Pancinhas foram os estabelecimentos de restauração que viram a sua excelência reconhecida e como tal certificada. A certificação foi feita pela Certis, uma certificadora com sede em Évora, num trabalho acompanhado pelo técnico Martins Bárbara da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR).
Os certificados foram entregues aos proprietários dos restaurantes pela presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, o vice-presidente da mesma autarquia, Luís Filipe Santana Dias, o vereador João Lopes Candoso que no anterior mandato tutelava as Feiras e Mercados e pelo vereador da Juventude, Miguel Santos, na presença do presidente da ERTAR, Ceia da Silva e das dezenas de convidados para a sessão de inauguração da FRIMOR – Feira Nacional da Cebola.
“Criar e atribuir um selo de qualidade que, exclusivamente destinado aos restaurantes, reforça a identidade da gastronomia ribatejana, eleva a sua notoriedade vai atrair mais clientes aos estabelecimentos e ao destino”, declarou Ceia da Silva. O presidente da ERTAR, aproveitou para salientar os bons resultados que a região está a obter em termos do sector turístico: “a NUT do Ribatejo e Alentejo está a crescer
mais do que Lisboa. Crescemos, nos últimos seis meses, mais de 20 por cento em taxas de ocupação em todos os indicadores económicos mas, o mais relevante, é que os proveitos aumentaram também acima dos 20 por cento”, disse.
“Quando hoje ouvimos as cargas turísticas de Lisboa, Porto e Algarve, esquecemos que esta foi a zona do país que mais cresceu. Isto significa que temos hoje não só mais turistas como também melhores turistas que consomem no território mais 20 por cento do que faziam no ano passado pela mesma altura”, sublinhou.
Para Ceia da Silva, estes indicadores revelam que se trata de “um turista mais exigente, mais culto e mais informado”. Lembrando que o Turismo é o sector “mais compósito e exigente que existe em termos de actividade económica”, o presidente da ERTAR referiu que, por isso, todos os agentes “têm de trabalhar em rede com excelência e qualidade”. “É esse o desafio que temos feito nos últimos anos neste território”, afirmou, dizendo que tem trabalhado na desconstrução do “mito que a zona da lezíria não precisava de ter alojamento porque estava próxima da capital”.
“Este foi o maior erro estratégico cometido ao longo de décadas”, apontou Ceia da Silva apontando que, agora, a ERTAR está a “fazer esse esforço”, de convencer os investidores porque “sem alojamento não há turismo”. O Ribatejo é uma “região muito apetecível, com grandes potencialidades” e, nesse sentido, referiu, será lançada em breve “uma bateria” de material promocional da
região, que inclui guias, mapas e um sítio na internet.
Sobre a Frimor, Ceia da Silva considerou que “os eventos são um investimento”, sendo que esta Feira, segundo analisou, reúne características essenciais: “ preserva a identidade do concelho e, por outro lado, fomenta a actividade económica e o turismo”, referiu.
