A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo vai investir mais de metade do orçamento para 2024, que ascende a 4,4 milhões de euros, em acções de animação e de promoção e novos projectos.

“É um orçamento de arranque para aquilo que será um novo ciclo de investimentos, nos próximos quatro anos, que, espero, seja bem suportado nos financiamentos europeus e, em especial, no Alentejo 2030”, afirmou o presidente da ERT, José Manuel Santos.

Segundo o dirigente, o orçamento da Turismo do Alentejo e Ribatejo para o próximo ano, que ronda os 4,4 milhões de euros, “está pouco alavancado pelos instrumentos de financiamento europeu, nomeadamente do novo quadro comunitário 2030”.

“Ainda não há candidaturas aprovadas, mas já abrimos linhas de acção que correspondem a esta nova ambição que queremos colocar no futuro do Alentejo e Ribatejo e conseguimos já ter um valor de investimento de cerca de 55% do valor do orçamento”, adiantou.

Em 2024, sublinhou José Manuel Santos, o valor do orçamento será repartido por despesas de funcionamento da ERT (19%), custos com pessoal (20%), investimentos em actividades de animação e de promoção e novos projectos (55%) e o restante para outras despesas.

Assinalando que este orçamento “é inferior em cerca de meio milhão de euros” ao deste ano, o presidente da ERT defendeu que é, no entanto, “um orçamento mais realista”, tendo em conta “as possibilidades de execução e o calendário de lançamento de avisos de abertura de concursos” aos fundos comunitários.

“Temos quatro grandes prioridades”, vincou o responsável, referindo-se ao apoio às empresas para a transição ambiental e digital, à criação de dinâmicas de comunicação e de marketing e de estratégias sub-regionais de valorização e de promoção e à autonomização do marketing estratégico do Ribatejo.

Um dos novos projetos que a Turismo do Alentejo e Ribatejo vai apoiar em 2024 será o da valorização das fortalezas do interior, liderado pela Câmara de Elvas e que envolve outros municípios do Alentejo e do Algarve.

“Estamos a trabalhar já numa primeira fase, em que vamos avançar com seis fortalezas do Alentejo e também duas no Algarve para o primeiro financiamento de obras de requalificação e de melhoria das condições de visitação e de acolhimento”, revelou.

Depois das obras, salientou o presidente do organismo, a Turismo do Alentejo e Ribatejo vai “criar um roteiro de visitação integrado”, com foco “não só para os turistas portugueses, mas também muito para os espanhóis”.

“Queremos requalificar, financiar e ajudar a financiar [obras em] cerca de 25 fortalezas em toda a zona da raia do Alentejo e do Algarve”, adiantou, frisando que este projeto está agora “a dar os primeiros passos”.

Por agora, acrescentou, os promotores estão “a estabilizar” o projeto, mas “será uma candidatura que rondará os oito milhões de euros”.

O plano de actividades inclui ainda a aposta na rota Wine Route 118, no Ribatejo, num programa de atração de nómadas digitais, na candidatura do Baixo Alentejo à Cidade Europeia do Vinho em 2026 e num Plano de Acolhimento e Hospitalidade no âmbito de Évora Capital Europeia da Cultura, entre outras.

A valorização dos recursos humanos e captação de pessoas para o sector, o lançamento

de um plano específico para o território transfronteiriço com Espanha e o desenvolvimento do Enoturismo e do Turismo Literário são outros dos focos.

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