A Câmara de Abrantes assinou hoje um protocolo para formação de alunos em suporte básico de vida, tendo aprovado um apoio financeiro à concretização do projecto “Mãozinhas que salvam vidas” com os rotários, bombeiros e agrupamentos de escolas.

“Dotar os alunos dos 2.º, 4.º, 6.º e 8.º anos de escolaridade das escolas do concelho de Abrantes com conhecimentos e competências de Suporte Básico de Vida (SBV)” é o principal objectivo de um protocolo que o município celebrou hoje com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (AHBVA), o Rotary Club e os Agrupamentos de Escolas N.º 1 e N.º 2 de Abrantes para o desenvolvimento do projecto a partir do próximo ano letivo.

O projecto “Mãozinhas que salvam vidas”, concebido pelo Rotary Club de Abrantes, teve este ano uma primeira ação de formação, que envolveu 560 alunos do 2.º e 4.º anos e 543 alunos do 6.º e 8.º anos de escolaridade, iniciando um processo que visa “dar a alunos e professores competências que lhes permitam identificar, pedir ajuda e iniciar manobras, até à chegada da ajuda especializada, que podem salvar vidas”, disse à Lusa o presidente dos rotários.

“Com este protocolo, vamos ao 2.º e 4.º anos de escolaridade todos os anos lectivos, o que significa que, de dois em dois anos, os alunos estão a ser relembrados daquilo que aprenderam e a ficar mais capazes de poder aplicar [o conhecimento] e salvar vidas”, afirmou Isidro Bernardino.

Por outro lado, acrescentou, “para os alunos do 6.º e 8.º anos, a opção, tomada em conjunto com os bombeiros de Abrantes, é a de fazer formação certificada a 38 professores que depois replicam o conhecimento nas próprias escolas, fazendo parte dos programas” curriculares.

O presidente da Câmara Municipal disse que este “é um programa humanista” e destacou as “centenas de jovens que vão ter formação” em prol do próximo.

“É um programa de carácter cheio de humanidade, que encerra em si o princípio de ajudar o outro, e levar esta formação para dentro das escolas é o melhor sítio para que tenha sucesso”, afirmou Manuel Jorge Valamatos.

O município “associa-se ao processo de formação com apoio financeiro”, cabendo aos rotários e aos bombeiros assegurarem a vertente formativa especializada, num projecto de continuidade e que decorrerá ao longo dos próximos anos lectivos, explicou.

“Que daqui a uns anos muitos jovens sejam capazes de reagir a situações de emergência e, se com isso, conseguirmos salvar uma vida, o objectivo já estará plenamente concretizado””, afirmou Valamatos.

No âmbito deste protocolo, válido por um ano e automaticamente renovado por igual período, a câmara vai atribuir uma verba anual de mil euros ao Rotary Club de Abrantes para aquisição de material necessário à realização das ações de formação, que serão responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Abrantes.

O SBV “é um conjunto de procedimentos que tem como objectivo a recuperação da vida em paragem cardiorrespiratória de vítima até à chegada de ajuda especializada, sendo essencial uma correta identificação da situação e ajuda precoces”, indica o município, em nota informativa, tendo feito notar que “a escola é entendida como um local prioritário” para a introdução do seu ensino.

Segundo a autarquia, o ensino precoce do SBV vai proporcionar aos alunos “as bases necessárias e um maior conhecimento para actuar em situações de emergência”, além de promover a “percepção do sentido cívico e social”, pode ler-se na mesma nota.

Neste momento, conclui, “mantém-se a obrigatoriedade do ensino de suporte básico de vida aos alunos do 9.º ano na disciplina de cidadania”, pelo que o município entende como “essencial alargar esta temática aos alunos que frequentam os 2.º, 4.º, 6.º e 8.º anos de escolaridade das escolas do concelho”.

A Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva, publicada em Diário da República em 2021, define 10 áreas prioritárias e 136 objetivos operacionais, os quais traduzem projectos e actividades a implementar pela administração central, câmaras municipais e juntas de freguesias durante 10 anos.

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