Esta semana está a ser marcada pelo regresso às aulas presenciais, previsto entre os dias 14 e 17 de Setembro, na generalidade dos estabelecimentos de ensino, depois de no passado ano lectivo terem encerrado em meados de Março devido à pandemia de covid-19.

Os alunos passaram a ter aulas à distância. Neste momento, o plano é o regresso ao ensino presencial. As escolas dizem-se preparadas para o caso de ser preciso avançar temporariamente para um sistema misto ou à distância.

O ‘Correio do Ribatejo’ lançou três questões a directores de Escolas/Agrupamentos da cidade, em diferentes níveis de ensino, e, de uma maneira geral, todos se sentem preparados para o arranque do novo ano lectivo.

  1. Concordam e estão preparados para a abertura do Ano Lectivo no prazo indicado pelo Ministério de Educação
  2. Que medidas foram preparadas para receber alunos, docentes e não docentes?
  3. O que mudou, tendo em conta a pandemia, na oferta formativa prevista para este ano?

João Moutão, Presidente Interino do IP Santarém

1 – No caso do Ensino Superior, o início do ano lectivo ocorrerá mais tarde do que o habitual, atendendo a que as colocações da 1ª fase do concurso nacional de acesso ocorrerão a 28 de Setembro. Concordamos com o regresso à actividade presencial, que é a que nos caracteriza e diferencia. Estamos preparados para garantir as condições de segurança exigidas pelas autoridades de saúde.

2 – Foi produzido um despacho orientador que determina as principais medidas a aplicar transversalmente a toda a Instituição. Está a ser definida a lotação de cada sala tendo em conta as regras de distanciamento definidas, as quais serão apetrechadas com tecnologias de vídeo e áudio para o caso de haver necessidade de transmissão em tempo real para estudantes que estejam em casa ou noutro local que não as escolas. Estamos também a adquirir acrílicos em H e noutros formatos para conseguir separação física nos laboratórios e não reduzir o número de estudantes em ensino presencial.

3 – A nossa oferta formativa para este ano foi definida ainda antes do início da pandemia, Fizemos uma aposta nalgumas áreas relacionadas com a saúde como o caso da abertura de dois novos cursos de Técnico Superior Profissional (2 anos), um na área do Secretariado em Saúde, e outro na área da Protecção e Apoio à Pessoa Idosa, cuja fase de candidaturas ainda se encontra a decorrer.


Filipa Martinho, Delegada do Administrador do ISLA Santarém

1 – Estamos desejosos e ansiosos por nos voltarmos a encontrar na nossa escola. É o começo da vida académica para todos aqueles que pela primeira vez ingressam no ensino superior, mas também um novo começo para todos aqueles que continuam o seu percurso académico no ISLA Santarém. Este é também um novo começo para todos os professores e funcionários. Um começo é sempre um momento de entusiasmo e expectativa. São novas perspectivas que se abrem, pessoas novas que conhecemos algumas das quais nos vão marcar para o resto das nossas vidas. Mas este é um ano lectivo diferente. 2020-2021 será um novo ano lectivo marcado pela pandemia que subitamente irrompeu entre nós. No ISLA Santarém soubemos reagir com urgência e responsabilidade e de um dia para o outro implementámos metodologias e tecnologias inovadoras que permitiram a todos os nossos estudantes concluírem nas melhores condições possíveis o ano lectivo 2019-2020. Agora estamos ainda mais preparados. Preparados para um novo começo em segurança onde a todos nós é exigida a “ética da responsabilidade” em que cada um dos elementos da comunidade académica faz parte de uma família solidária, coesa e responsável – a família ISLA.

2 – As medidas são as preconizadas pela DGS e pelos órgãos de tutela nomeadamente a DGES, a saber: Actualização do plano de contingência no qual se definem e disponibiliza a informação relativamente às normas de conduta dos espaços e medidas de prevenção e controlo da transmissão da Covid-19. Temos preparada formação e informação do Plano de Contingência e das medidas de prevenção e controlo da transmissão da COVID-19 a todos os estudantes, docentes, não docentes, investigadores e outros colaboradores.
Em termos gerais é obrigatória a utilização de máscara por estudantes, docentes, não docentes, investigadores e outros colaboradores, de acordo com a legislação vigente.
Procedeu-se ao reforço dos dispositivos de higienização não só à entrada das instalações mas também com a colocação de dispensadores de higienização das mãos à entrada de todas as salas e espaços comuns, com solução antisséptica de base alcoólica. Está disponibilizada informação acessível, nomeadamente através da afixação de cartazes, sobre a correta lavagem e higienização das mãos, etiqueta respiratória, distanciamento físico, uso de máscara por todas as pessoas em espaços fechados (colocada adequadamente e em permanência), entre outros. Reforçaram-se as medidas de higienização com a utilização intensificada e adequada de protocolos de limpeza e desinfecção, pelo menos, duas vezes por dia, e com recurso a detergentes adequados, de todas as zonas de contacto frequente (ex.: zonas de atendimento, balcões, salas de aula, etc. Quando possível definiram-se circuitos de entrada e saída nas instalações, de forma a minimizar a concentração e o ajuntamento de pessoas.
Nas salas, serão mantidas as medidas de distanciamento, garantindo a maximização do espaço entre pessoas. Sempre que possível, garante-se um distanciamento físico entre as pessoas de, pelo menos, 1 metro, sem comprometer o normal funcionamento das actividades lectivas. As mesas estão dispostas com a mesma orientação e nos laboratórios ou noutros espaços em que existam estudantes virados de frente (disposição em U) optou-se por colocar separadores em acrílico entre as filas. Nos auditórios definiu-se a ocupação de todas as filas com lugares desencontrados, devendo ser deixado um lugar de intervalo entre pessoas. Será garantida a higienização do mobiliário e equipamentos de utilização comum antes do início de cada aula sendo essa higienização realizada sempre que exista troca de utilizadores. Será promovida a higienização das mãos antes da entrada em cada sala e à saída (colocaram-se dispensadores junto à entrada de a cada sala). Nos bares será acautelado o respeito pelas regras de distanciamento físico entre todos os utilizadores e o uso obrigatório de máscaras (com excepção durante o período de refeição), organização das salas de refeições de modo a deixar um lugar de intervalo entre os utilizadores; organização dos horários de modo a alargar e desencontrar os horários das refeições onde privilegiaremos as opções de serviço takeaway. Os bares/cafetarias serão de utilização exclusiva para refeições ou para serviços de cafetaria, não sendo permitida a permanência de pessoas para outros efeitos, designadamente convívios, ou qualquer outra forma de confraternização lúdica e/ou académica.

3 – As alterações na oferta formativa seguem a estratégia definida pela instituição na qual a pandemia não teve reflexo. Assim, mantemos toda a oferta formativa que já tínhamos no ano lectivo 2019-2020 composta por 12 cursos técnicos superiores profissionais e seis licenciaturas. Alargamos a oferta na formação pós-graduada com o novo mestrado em Engenharia das Tecnologias e Sistemas Web, que se veio juntar aos dois mestrados já existentes, e aumentámos o número de cursos de pós graduação (são agora 21) com três novos cursos na área da Educação Especial – Intervenção precoce na Infância, Gestão de Emergência e Crise e Protocolo Empresarial.


Salomé Rafael, Presidente do Conselho de Administração da Escola Profissional Vale do Tejo

1 – Estamos a cumprir com as Orientações do Ministério da Educação e Direção-Geral de Saúde. Fizemos as necessárias adaptações, que estão devidamente contempladas no nosso Plano de contingência. Estamos a trabalhar com vários cenários, privilegiando as aulas presenciais, mas caso seja necessário, temos a possibilidade de recorrer a um regime misto, ou mesmo a um regime não presencial. Esperemos que tal não seja necessário, mas tudo dependerá da evolução da situação e das Orientações que forem sendo dadas.

2 – Tanto a EPVT como as outras escolas do grupo estão a tomar todas as medidas, dentro do que que lhes é possível, para salvaguardar a segurança da sua comunidade educativa. Uma das várias medidas que tomámos, no âmbito da nossa autonomia e flexibilidade curricular, foi reajustar cronogramas e cargas horárias, fazendo um planeamento diferente do período destinado à Formação em Contexto de Trabalho e a algumas actividades formativas. Vamos ter menos alunos em permanência na escola, porque enquanto alguns estão a ter aulas, outros estão em estágio nas empresas ou em actividades formativas fora do espaço escolar. Assim conseguimos libertar mais salas e novos espaços, que passam a estar disponíveis para podermos trabalhar em grupos mais pequenos, com maior segurança e distanciamento. Estamos também a trabalhar com horários desencontrados, de forma a que evitar grandes aglomerações, nos mesmos espaços e às mesmas horas.

3 – A oferta formativa da EPVT, assim como de todas as nossas outras escolas, resultam em grande parte do parecer anual dos respectivos Conselhos Consultivos. Essa situação não mudou com a pandemia, pelo que vamos abrir todas as turmas e cursos que nos propusemos abrir junto do Ministério da Educação.


Eng.º José Frias Gomes, Director do Núcleo de Santarém do Cenfim

1 – O CENFIM – Centro de Formação Profissional da Industria Metalomecânica – Núcleo de Santarém, retomou a sua actividade formativa no passado dia 01 de Setembro de 2020.
Essa retoma, como não poderia deixar de ser foi efectuada no mais estrito cumprimento das regras em vigor determinadas pela Direcção Geral de Saúde, bem como das demais orientações emanadas da tutela, Ministério do Trabalho e Segurança Social, bem como do Ministério da Educação.

2 – Efectivamente até ao momento, início do período de férias, conseguiu-se fechar o ciclo da actividade sem registo de casos COVID 19, o que foi, por si só, um excelente dado. Para o efeito contribuíram alguns factores a saber: as orientações emanadas; o criterioso cumprimento das regras definidas; e o reforçado e desdobrado empenho, em particular ao nível operacional, em encontrar soluções para os desafios colocados, pela conjugação da Formação Presencial e Formação Tecnologicamente Mediada.
Quanto à presente retoma, para a qual desejamos continuar com ausência de registos COVID19 e procurando também a necessária recuperação da actividade formativa, serão tidos em apreço os seguintes factores: Prioridade à Formação Presencial, com o total respeitando das regras sanitárias em vigor, vertidas designadamente no Plano de Contingência Especifico; Recurso continuado a processos de Formação Tecnologicamente Mediada, para o efeito usando a plataforma operativa interna. Nesta contexto, será mantida a disponibilidade de ceder aos formandos que possam não dispor de infraestrutura tecnológica de apoio, condições no NSA; Reforço em meios tecnológicos, materiais, de software e formação dos próprios formadores, por parte do CENFIM, no sentido de melhor adaptar a instituição e assim melhor servir a comunidade formativa.

3 – Relativamente à oferta formativa, designadamente para o período de execução 2020/2021, não se evidenciaram quaisquer alterações em termos de oferta, outrossim essas alterações, como anteriormente referido, efectivaram-se sim, ao nível da organização dos próprios processos formativos.
Neste contexto encontram-se abertas inscrições para os seguintes cursos: Curso de Electromecânica de equivalência ao 9º ano para jovens; Curso de Manutenção Industrial de equivalência ao 12º ano Nível 4; Curso de Soldadura com certificação Internacional; Curso CET Nível 5 – Tecnologia Mecatrónica; Formação Modular Certificada.

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