Miguel Arsénio, 23 anos de idade, venceu a Taça de Portugal de Trail Running nos Açores e sagrou-se vice-campeão nacional na mesma modalidade. O jovem residente em Paço dos Negros começou a fazer Trail Running para não perder ritmo competitivo. Acabou por tomar-lhe o gosto depois de vencer uma prova de 30 quilómetros em Alpiarça. A partir daí, nunca mais deixou de surpreender…

Como é que nasceu o gosto pelo Trail Running? O gosto pelo Trail nasceu sem me aperceber. Sou mesmo um apaixonado por desporto e competi em BTT durante alguns anos. Após uma paragem de dois anos senti necessidade de voltar ao desporto e na impossibilidade de comprar uma bicicleta, comecei a correr. Para não perder a motivação inscrevi-me num Trail em Sintra, com 12 quilómetros. Gostei e acabei por me inscrever no Trail de Alpiarça (30 Kms), que acabei por vencer. Comecei a perceber que podia tirar algo mais da modalidade e, desde então, passei a treinar semanalmente.

Como foi vencer a Taça de Portugal da modalidade e fazer pódio no campeonato nacional? Bem, ganhar a Taça de Portugal foi um choque. Não estava nada à espera porque não tinha trabalhado com esse objectivo, mas foi fantástico, ainda para mais na ilha Graciosa, nos Açores. No campeonato nacional de Trail Running o pódio foi agridoce, fazer segundo foi no fundo um falhanço. No campeonato de Ultra, em Manteigas, nunca sequer tinha corrido 50 quilómetros, era apenas uma experiência. Foi uma surpresa o segundo lugar. Em Arga, no campeonato nacional, treinei para aquela prova toda uma época, liderei a corrida mas acabei por perder nos últimos quilómetros por má gestão de esforço. Ainda assim ser o número dois português é sempre positivo.

Como é que se atinge estes resultados em tão pouco tempo na modalidade? Geneticamente sou muito privilegiado. Não preciso de treinar muito para estar num bom nível. E como costumo dizer, eu não sou nada sem o meu treinador, Pedro Bento, ele faz a gestão da minha época e eu só me limito a cumprir os planos de treino.

Que preparação é preciso ter para vencer uma prova de Trail Running? É preciso muito esforço a nível de treinos, de alimentação, restrições na vida normal de um jovem…

Sendo amador, como concilia os treinos com o trabalho? Treino, trabalho, sono, horas para comer, massagista, tudo é planeado. Por vezes faço um plano semanal onde defino horários para conseguir fazer tudo isso.

Que objectivos tem daqui para a frente na modalidade? Os objectivos na modalidade são claros: espero conseguir tirar algo mais de tudo isto e, quem sabe, um dia viver do Trail. Este ano é importante para me afirmar. A longo prazo espero tornar-me uma referência nas longas distâncias.

Já recebeu alguma proposta para competir por outras equipas? Já recebi muitas propostas, algumas delas remuneradas. Ainda assim optei por ficar na equipa Trilho Perdido Eventos/Imporlux.

Que conselhos dá a quem quer competir em Trail Running? Sinto-me ainda muito verde para dar conselhos, eu ainda só os estou a ouvir… Mas o mais importante é escolher bem as corridas, há trilhos fantásticos, temos serras lindas para conhecer! Aproveitem!

Prato favorito? Bacalhau à lagareiro.

Música? Plutónio – 1 de Abril.

Livro? O Desporto debaixo de fogo.

Viagem de eleição? Rota Transiberiana.

Destino de férias? Hong Kong.

Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria? Acção.

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