A Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) assinalou na terça-feira, dia 16, os seus 50 anos ao serviço da comunidade e do ensino superior.

A esse propósito, o Correio do Ribatejo entrevistou a directora da Escola, Hélia Dias, que nos fez o enquadramento da estratégia desta instituição, uma das escolas de ensino em enfermagem com melhor empregabilidade a nível nacional. “Que se faça da Escola um “organismo vivo”, sempre num processo de inovação, crescimento, renovação, sustentabilidade, com uma identidade onde cada um se reveja e se sinta parte”. É este o voto formulado pela responsável de uma Escola “onde cada estudante tem nome”.

Qual tem sido a evolução da ESSS no decorrer destes 50 anos? O que, na sua opinião, mais a tem feito evoluir?

A Escola tem caminhado em alinhamento com dois factores indissociáveis: a evolução dos cuidados de saúde e a evolução do ensino da Enfermagem e do ensinosuperior em Portugal. Em 1973, o país já com legislação que afirmava a garantia do direito à saúde encontrava-se limitado nos recursos humanos existentes. A criação da Escola, e de outras no país, veio dar corpo à política de saúde de então – criar Escolas de Enfermagem em todas as capitais de distrito a fim de dotar os serviços de saúde, em especial as zonas mais periféricas, de pessoal de enfermagem. A criação do Serviço Nacional de Saúde em 1979 foi fulcral para o crescimento da Escola, bem como as suas sucessivas alterações foram desafios a que foi necessário dar resposta.

Primeiro, apenas com a formação de enfermeiros e na sequência da integração do ensino de enfermagem no sistema educativo nacional, ao nível do ensino superior politécnico em 1988 a Escola de Enfermagem de Santarém foi reconvertida em Escola Superior de Enfermagem de Santarém em 1989. Esta mudança permitiu a criação do plano de estudos do curso superior em enfermagem – grau de bacharel e mais tarde a formação especializada em enfermagem, com o primeiro curso de estudos superior especializado em enfermagem na comunidade em 1996, que conferia o grau académico de licenciado. Em 1999, foram fixadas as regras gerais a que está subordinado o ensino de enfermagem no âmbito do ensino superior politécnico.

Assim, no que se refere à formação, a reorganização do modelo de formação de enfermeiros passou a formação pré-graduada através de cursos de licenciatura, com a duração de 4 anos e a formação especializada através de cursos de especialização pós-licenciatura, não conferentes de grau. Ainda sob tutela dos Ministérios da Educação e da Saúde, a Escola Superior de Enfermagem de Santarém elaborou os seus primeiros Estatutos, os quais foram publicados em 4 de Novembro de 1999.

A Escola transitou para a tutela exclusiva do Ministério da Educação e foi integrada no Instituto Politécnico de Santarém em 2001. À Escola Superior de Enfermagem de Santarém, sucedeu a Escola Superior de Saúde de Santarém, pelo Despacho nº 56/2008 de 4 de Novembro, que publica os Estatutos do Instituto Politécnico de Santarém. Os estatutos da Escola foram publicados em Julho de 2009. Com a possibilidade de ministrar cursos de mestrado em enfermagem, em 2010 iniciaram-se os primeiros cursos nas áreas de enfermagem comunitária, enfermagem de reabilitação, enfermagem de saúde familiar e enfermagem a pessoas em processo de doença na comunidade. Em 2011, passou também a leccionar o mestrado em enfermagem de saúde materna e obstetrícia.

Concomitantemente, a esta oferta formativa ofereceu até 2019 cursos de pós-licenciatura de especialização em enfermagem. Em 2019 reorientou a sua oferta formativa ao nível dos mestrados e inicia o 1.º Curso Técnico Superior Profissional de Apoio Domiciliário.

Desde 1973 até 2000, a Escola esteve sediada num edifício do actual Campus Andaluz do Instituto, tendo em 16 de Maio de 2000 sido inaugurado o actual edifício, concretizando-se desta forma um sonho antigo. Esta mudança permitiu alargar a oferta de cursos, criar laboratórios de práticas clínicas e responder às necessidades de formação pré-graduada e pós-graduada, diplomando cerca de 3380 estudantes.

Esta breve resenha ilustra a dinâmica da Escola, a procura constante em acompanhar as mudanças ao nível do ensino e saber orientá-las para as necessidades de cuidados de saúde das populações. Necessidades essas que não se cingem à região ou ao país, como é o caso da recente criação da pós-graduação em Hospitalização Domiciliária em parceria com o Hospital Distrital de Santarém, como extrapolaram as fronteiras do país com a integração do consórcio do curso de mestrado Erasmus Mundus em enfermagem de emergência e cuidados críticos. Esta visão estratégica tem sido transversal à vida da Escola e continua a impelir para novos desafios, de que se destaca romper com a monodisciplinaridade e criar uma segunda área de licenciatura em associação.

Quais são, a seu ver, os pontos fortes da ESSS e os grandes desafios que se colocam?

Os maiores pontos fortes são as Pessoas que constituem a comunidade Escola e a qualidade da oferta formativa. As Pessoas, porque elas condicionam verdadeiramente uma instituição tanto no sentido positivo como negativo e podemos orgulhar-nos de, ao longo destes 50 anos, terem sido sempre o bem maior. A capacidade que todos, estudantes, professores, trabalhadores não docentes, instituições parceiras e a comunidade mais próxima, demonstraram nas sucessivas alterações ao ensino, às suas exigências e à sua inovação. Formações pioneiras em Portugal, como seja o mestrado Erasmus Mundus em enfermagem de emergência e cuidados críticos no âmbito de um consórcio internacional que decorreu entre 2011-2022, num total de 5 edições e que foi frequentado por estudantes de todos os continentes, diplomando 94 estudantes é um marco da Escola e do Instituto.

Também a recente Pós-Graduação em Hospitalização Domiciliária em parceria com o Hospital Distrital de Santarém é exemplo disso. Os desafios estão alinhados com estes pontos fortes, mas destaca-se a importância de ao nível da oferta formativa a Escola ser proactiva na criação de cursos que respondam às necessidades do mercado de trabalho e se possível em parceria com as mesmas. A Escola deve conseguir manter a sua atractividade aliada a uma competitividade que garanta a sustentabilidade e continuidade da mesma. Um dos desafios na actualidade é a capacidade de a Escola alinhar a sua orientação estratégia com os objectivos de desenvolvimento sustentável, designadamente os objectivos: “3 – Saúde de Qualidade e 4 – Educação de Qualidade”.

Este alinhamento é fundamental para desencadear processos de inovação, de crescimento e desenvolvimento sustentável, onde todos são importantes.

O que a caracteriza relativamente às outras Escolas do país?

A Escola tem-se caracterizado nomeadamente na área de enfermagem naquilo a que se designa o ensino em alternância. E o que é este ensino? Um modelo onde o ensino teórico é alternado com o ensino clínico, este através dos denominados estágios. Trata-se de um aspecto que é bastante valorizado pelos estudantes, pois o processo de ensino e aprendizagem é desenvolvido numa lógica de complexidade crescente e de carácter cumulativo. Também um modelo centrado no estudante, pois ele é o actor central do seu processo de aprendizagem. Claro está que este modelo atribuiu maior responsabilidade ao estudante, assumindo o professor uma função de mediador, o que todos os dias é desafiador, pois os estudantes quando entram no ensino superior não vêm com esta ideia. Um ensino que cada vez é mais centrado em cenários reais, em aprendizagem em laboratório com recurso a simulação.

Existem projectos institucionais onde os estudantes estão envolvidos activamente, como seja na área da responsabilidade social, de que é exemplo o projecto “Academia Líderes Ubuntu”. O facto de ser uma Escola com uma dimensão intermédia na realidade portuguesa permite dizer que é “uma Escola onde cada estudante tem nome”. Esta proximidade aliada a uma disponibilidade contínua faz com que os estudantes se sintam acolhidos e com sentimento de pertença à Escola.

Estes elementos diferenciadores serão motivos suficientes para que os estudantes escolham a ESSS?

Sem qualquer dúvida. Numa época onde se percepciona algum afastamento e até desinteresse por vários aspectos da vida académica, seja na dimensão individual e/ou no processo formativo, a Escola tem procurado estar atenta a cada estudante, melhorando as suas condições relativas ao processo de ensino e aprendizagem, mas também cultivando o desenvolvimento de actividades extracurriculares, apoiando as que a Associação de Estudantes promove e outras que são fundamentais para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais.

A atenção individualizada a cada estudante consubstancia-se numa proximidade entre estudantes e docentes que colhe resultados a vários níveis: desde logo no desenvolvimento dos diferentes tipos de competências previstas em alinhamento com os descritores de Dublin.

Disto são exemplo: os planos de ensino-aprendizagem individualizados para a promoção do sucesso, quer em ensino teórico quer em ensino clínico; a alocação de estudantes a projectos de investigação, com a publicação de artigos por estudantes em parceria com professores e/ou a organização de eventos destacando-se o Congresso Luso-Espanhol (que já completou a sua IX edição este ano), bem como a possibilidade de internacionalização em Programas de Mobilidade, como o Programa Erasmus.

O que podem esperar os estudantes, em termos de qualidade de ensino e inserção no mercado de trabalho?

O melhor indicador desta relação: qualidade de ensino e inserção no mercado de trabalho é a taxa de empregabilidade dos diplomados em enfermagem pela Escola que é muito próxima dos 100%. A Escola é muito procurada pelas entidades empregadoras para acções de divulgação/ captação de estudantes finalistas. Todos os anos é realizada na fase final do curso uma semana onde estas acções são desenvolvidas em proximidade com os estudantes, criando espaço para conhecer o mercado de trabalho, analisar propostas e construir um projecto de trabalho. Muitos estudantes beneficiam de propostas de trabalho decorrentes do desenvolvimento do estágio final do curso, o que indicia a qualidade do ensino e o nível que o estudante atingiu.

Quais são os projectos principais que estão a ser desenvolvidos na Escola?

Os projectos em desenvolvimento na Escola situam-se em cinco linhas estratégicas. A primeira relacionada com a oferta formativa, nomeadamente ver acreditada uma outra licenciatura, pois a monodisciplinaridade só ao nível da enfermagem compromete o desenvolvimento da Escola e poderá colocar em causa numa situação limite a própria Escola. Também o alargamento da oferta ao nível dos cursos de mestrado. Ao momento estão em funcionamento dois e estão propostos em associação com outras Escolas três novos cursos.

A oferta de cursos de pós-graduação retomada este ano lectivo com a pós-graduação em Hospitalização Domiciliária, a 1.ª desta área em Portugal, deve ser continuada em outras áreas, pois respondem às necessidades de aprendizagem ao longo da vida que os profissionais procuram, ou seja, formações mais curtas e mais dirigidas a áreas concretas. Os cursos conducentes a microcredenciais que este ano se iniciaram estão a ser uma aposta ganha e devem também ser oferecidos. A segunda linha onde há uma aposta crescente é na área da investigação, da consultadoria e da prestação de serviços à comunidade.

A existência de uma área científica no Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV) tem incrementado e aprofundado várias áreas no domínio da investigação, o que tem contribuído para mais produção científica. Os projectos financiados são fundamentais. A Escola encontra- se envolvida em vários projectos de consultadoria e de prestação de serviços à comunidade em áreas relevantes para as pessoas e as suas comunidades. Uma terceira linha é a ligada às Pessoas. Está em curso desde 2021 um processo de rejuvenescimento do corpo docente, dado que a Escola deixou de contar com professores por aposentação ou serviço noutras áreas, o qual não está terminado e deve merecer atenção especial. Igualmente, para os trabalhadores não docentes é um processo em desenvolvimento. A quarta linha concerne à área da internacionalização. A Escola tem adquirido progressivamente uma nova dimensão estratégica e multicultural que se tem fortalecido pelo aprofundamento das relações de cooperação com Instituições de Ensino Superior estrangeiras, seja na Europa ou outros continentes, com especial ênfase no Brasil e Países da CPLP que no momento é uma área a investir.

A quinta linha insere-se no domínio das infra-estruturas e equipamentos. Está em curso um projecto para construção de um segundo piso no bloco de aulas. Este permitirá aumentar o número de salas de aula, que ao momento são insuficientes para as necessidades, pois a Escola foi dimensionada para 250 estudantes e conta neste ano lectivo com cerca de 600. E também, criar uma ala para criação de laboratórios de práticas clínicas polivalentes e poder ser a génese para a criação do Centro Experimental e de Transferência do Conhecimento.

Qual é, neste momento, a oferta formativa da ESSS?

A oferta formativa é: CTeSP: Apoio Domiciliário, Secretariado em Saúde e Protecção e Apoio à Pessoa Idosa (este em parceria com a Escola Superior de Educação do IPSantarém). Licenciatura: Enfermagem. Mestrados: Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e Enfermagem Comunitária – Área de Enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública, os quais têm parecer favorável da Ordem dos Enfermeiros para atribuição do título de enfermeiro especialista. Mestrado em

Gestão em Unidades de Saúde (em parceria com a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do IPSantarém). Pós-Graduação: Hospitalização Domiciliária. Cursos Conducentes a Microcredenciais: Supervisão Clínica em Enfermagem, Políticas de Saúde, Prática Baseada em Evidência – Estrutura Conceptual para Pesquisa de Evidência, Prática Baseada em Evidência – Pessoa e família ao longo do Ciclo de Vida II Revisão Sistemática de Literatura – Protocolo e Capacitação Tecnológica de Profissionais de Referência do Cuidador Informal.

Pondera alargar essa oferta a outros domínios científicos?

Sim, como já referido. É um objectivo estratégico da Escola e assumido também institucionalmente. Como Escola Superior de Saúde integra no país o grupo das três Escolas que sendo de Saúde apenas têm uma licenciatura e na área da enfermagem.

De alguma forma, pode dizer-se que a mudança de nome que estas Escolas sofreram em 2008, não se concretizou verdadeiramente. Individualmente ou em associação foram propostos novos cursos e nunca foram aprovados, o último uma licenciatura em Podologia em 2019 numa associação entre as três Escolas. Encontra-se em desenvolvimento a criação de uma nova licenciatura em associação.

Ao nível dos cursos de mestrado, a proposta de três novos cursos feita em 2022 em associação e que aguarda decisão de acreditação da A3ES vem alargar a oferta formativa e responder a necessidades de formação em áreas emergentes na saúde. Outras áreas a propor terão sempre de resultar de necessidades concretas e devem ser propostas robustas. Acresce aqui referenciar que a criação de cursos na actualidade é um processo altamente exigente, nomeadamente o corpo docente cumprir os requisitos de academicamente qualificado e especializado e necessidade de investigação orientada ou actividades de desenvolvimento profissional de alto nível nas áreas do ciclo de estudos apresentado.

Que balanço faz destes anos em que está à frente da Escola?

Globalmente um balanço positivo. Contudo, seria impensável ao início deste ciclo de gestão imaginar que seríamos assolados por uma pandemia. Este foi o factor mais influenciador, sem qualquer dúvida e muito em particular ao nível dos ensinos clínicos. Os constrangimentos que se foram colocando exigiram uma enorme capacidade de replaneamento, flexibilidade e aceitação. Os estudantes e os professores mostraram uma capacidade de resiliência e de confiança nas decisões tomadas pelos diferentes órgãos, que foi fundamental para ultrapassar esta fase.

As instituições parceiras fizeram um enorme esforço e demonstraram uma disponibilidade para que o mais precocemente os estágios fossem retomados, mesmo quando a situação ainda era incerta. Mas, era fundamental terminar os processos formativos e aumentar a disponibilidade de enfermeiros.

Cabe à Escola um agradecimento muito especial a todos, estudantes, professores, trabalhadores não docentes e instituições parceiras. Um outro aspecto que se releva foi o “Diagnóstico das necessidades da oferta formativa da Escola Superior de Saúde de Santarém”, em 2021, coordenado pela Professora Doutora Alcinda Reis, Subdirectora. Este estudo mostrou a capacidade que a Escola teve de discutir e reflectir a nível interno e externo com os diferentes stakeholders, sobre o potencial alargamento da oferta formativa. Também a criação da Área Científica “Saúde individual e comunitária” no CIEQV (Politécnico de Santarém e Politécnico de Leiria), coordenada pelo Professor Doutor José Amendoeira, foi fundamental para a investigação, desenvolvimento e transferência do conhecimento. A integração num centro de investigação acreditado pela Fundação de Ciência e Tecnologia é um imperativo e a Escola tem actualmente 96,3% de professores como membros integrados ou colaboradores no CIEQV e no CINTESIS (Universidade do Porto), um indicador de excelência. Foram também estabelecidas acções ambiciosas, visando a melhoria das infra-estruturas e dos equipamentos.

A sua concretização resulta da elaboração de um plano cuidadoso e de uma monitorização constante. Foram desenvolvidas diversas acções, no âmbito da gestão e conservação das infra-estruturas tendo em vista a sua adequada e utilização numa perspectiva duradoura. Apostou-se na construção de um campus virtual de interacção pedagógica e da utilização dos sistemas tecnológicos disponíveis, de que se destaca a criação de condições logísticas e adaptação das características de todas as salas de aula para videoconferência. Em 2021, a Escola viu renovada a acreditação do Sistema de Gestão de Qualidade, certificação pela NP EN ISO 9001:2015, pela APCER, o que nos diferencia no IPSantarém.

É um desafio ser directora da Escola Superior de Saúde de Santarém?

Sim, mas também uma satisfação pela missão de serviço que um cargo desta natureza implica. Ao se iniciar um cargo de gestão há sempre uma expectativa, uma projecção para o futuro que nos motiva como líder de uma comunidade académica que deve trabalhar a uma só voz. É importante esta motivação, ter um pensamento estratégico vertido num projecto consonante com as necessidades e características da Escola, tendo sempre como foco potenciar a Escola nas suas diferentes áreas de missão. É sempre um processo em continuidade, mas que tem obrigatoriamente de acrescentar valor. Exige que se esteja muito atento à vida da Escola e às relações institucionais.

Que se faça da Escola um “organismo vivo”, sempre num processo de inovação, crescimento, renovação, sustentabilidade, com uma identidade onde cada um se reveja e se sinta parte.

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