Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo abriu portas hoje, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, a uma nova edição do mais importante certame do sector no País.

O gestor comercial João Manuel Alves Castela está ligado à Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo há 38 anos e, na sua perspectiva, o certame é o local indicado para proporcionar a interacção e o contacto entre os intervenientes e potenciar os negócios.

“Procurámos sempre estar atentos e inovar, para que os investidores se sentissem confortáveis em apostar na Feira”, conta ao Correio do Ribatejo o responsável, para quem Tradição e Modernidade “caminham lado a lado” neste certame sendo este um dos ‘segredos’ do seu sucesso.

Está ligado à FNA/FR há 38 anos. Como regista a evolução do certame?

Os sinais que chegaram de fora, foram tidos em conta e procurámos sempre estar atentos e inovar, para que os investidores se sentissem confortáveis em apostar na Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo.

Como recorda os anos de pandemia, em que o certame teve de ser reduzido?

Em 2020, o certame não se realizou e o ano seguinte, 2021 foi traumático…, menos dias, máscaras, testes e horário reduzido, mas fizemos! Tínhamos que fazer. As solicitações eram várias e tivemos que dizer, presente e dada a conjuntura, o saldo foi positivo.

Qual é a edição da feira que lhe ficou na memória e porquê?

Foram várias. Uma recente, e menos boa, foi quando houve uma ruptura numa conduta, perto da hora de almoço e todos os esforços para a encontrar falharam. Esteve em cima da mesa encerrar a Feira, pois sem água não podia funcionar. Mas conseguimos resolver o problema. Outra, pela positiva, foi a enchente que houve (cerca de 50 mil pessoas num só dia), para vir ver um artista que nos surpreendeu. Tivemos capacidade de reacção, rapidez e profissionalismo, para ultrapassar as dificuldades. Era muita gente!

Qual é, no seu entender, a importância desta Feira para Santarém e para a região?

Esta Feira ultrapassou há muito o âmbito regional. É um certame de expressão nacional e internacional. Este ano, vamos ter expositores espanhóis, marroquinos, indianos e polacos. A economia regional agradece, todos os hotéis e alojamentos estão esgotados.

Qual tem sido, na sua visão, o factor que faz com que este certame se mantenha, ao longo de todo este tempo, como um dos mais importantes do sector?

As linhas mestras traçadas e os esforço e dedicação para ter qualidade, inovação e os melhores expositores, já lá vão mais de seis décadas.

O que é que distingue a FNA/FR das outras feiras do sector que se realizam no País?

A ambivalência da Tradição e Modernidade que caminham lado a lado na Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo.

Como é que é ‘vender’ esta Feira, ano após ano, aos vossos parceiros?

A sua posição geoestratégica. A abordagem às nossas raízes culturais e a procura constante da presença das novidades no sector agrícola. Esta união, torna a Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo ímpar no nosso País.

Quando se está neste patamar de qualidade, o difícil é manter o nível. Penso que temos correspondido às expectativas, por isso, passar a mensagem é mais claro.

Defende que tem de haver mais Ribatejo na Feira da Agricultura, ou o equilíbrio que foi encontrado é o ideal?

Podemos melhorar, mas os tempos mudaram. A solução para essa equação, está na “afinação” da relação “Tradição/Tecnologia/Modernidade”.

Este ano, o tema escolhido é o ovo. O que lhe parece esta temática?

À semelhança dos últimos anos é uma temática actual, de dimensão europeia, onde se encontra a preocupação com o ambiente e estilo de vida mais saudável.

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