A UD Santarém sofreu a primeira derrota na Liga 3, ao perder por 1-0 na deslocação a Coimbra para defrontar a Académica local. Um jogo que se realizou no dia de aniversário da equipa escalabitana, pelo que não terá sido o aniversário ideal para o clube e para os seus adeptos.
Carlos Fernandes apresentou um sistema tático diferente do habitual, fruto dos problemas físicos que Juninho apresentou dias antes do jogo, alinhando num 4-4-2 com Rúben Araújo e Tangu Gastão a fazer dupla na frente.
Motivada pelas duas vitórias nos dois jogos anteriores, a U. Santarém entrou confiante no jogo e com vontade de marcar cedo. Logo aos 8 minutos, Leandro Alves recebeu a bola dentro da área e rematou forte junto ao ângulo superior da baliza, permitindo grande defesa de António Filipe. Aos 14 minutos, novamente grande oportunidade para a U. Santarém, com Pedro Araújo a rematar cruzado ligeiramente por cima da baliza, após excelente combinação na esquerda com João Ricardo.
A primeira oportunidade de golo da Académica surgiu apenas por volta do minuto 21, com Juan Perea a aparecer nas costas de Pierre Sagna e a cabecear com muito perigo ao lado da baliza defendida por Nuno Hidalgo. Respondeu de imediato a U. Santarém, com Tangu Gastão a rematar forte de fora de área para boa defesa do guardião da Briosa.
Contra a corrente do jogo, e aproveitando um momento de menor fulgor da UDS, a Académica viria a chegar ao golo. Aos 34 minutos, Rúben Freitas cruzou de forma exímia do lado direito do ataque, onde encontrou Ni Rodrigues no coração da área unionista para finalizar de cabeça com grande mestria. Grande cabeceamento do jogador da Académica, que não deu hipóteses de defesa a Nuno Hidalgo. Ainda antes do intervalo, Leandro Alves cruzou para a zona da pequena área, onde surgiu um corte traiçoeiro de um de defesa da Académica que obrigou a testar os reflexos rápidos de António Filipe, negando, deste modo, o empate.
Ao intervalo, Carlos Fernandes desfez o 4-4-2 e voltou ao habitual 4-2-3-1, promovendo as entradas de Diogo Balau e de Diogo Brás. Contudo, estas mudanças demoraram a fazer efeito na partida. A U. Santarém sentiu dificuldades em criar perigo, muito também pela falta de homens no centro do terreno (Ricardo Apolinário era, nesta altura, o único médio de raiz em campo). Mérito também para a Académica que baixou as suas linhas, mantendo sempre uma postura muito sólida e consistente defensivamente, tornando o jogo mais físico e batalhador, o que causou bastantes dificuldades aos homens de Santarém, que sentem-se mais confortáveis nas rápidas saídas em transição.
Ainda assim, aos 68 minutos, Diogo Balau esteve muito perto de chegar ao empate. Tangu Gastão serviu Balau de cabeça, colocando-a na cara do guarda-redes adversário. Balau tentou o chapéu, mas atirou ao lado. Aos 78’, Jaime Simões cabeceou ligeiramente ao lado, após canto cobrado por Leandro Alves, naquela que foi a última grande chance para a UDS chegar ao empate.
Resultado muito injusto para a U. Santarém que merecia o empate, no mínimo. Nuno Hidalgo, guardião da UDS, pouco trabalho teve, não tendo realizado uma única defesa digna de nota. Mas como se costuma dizer, “quem não marca, sofre” e a U. Santarém saiu prejudicada pela sua falta de eficácia.
Não foi com certeza o aniversário que a U. Santarém esperava ter, mas a exibição e atitude da equipa deixaram os adeptos que se deslocaram a Coimbra (pouco mais de meia centena) bastante orgulhosos e confiantes para os jogos que se avizinham.
Na próxima jornada, a U. Santarém recebe o Caldas, partida que se realizará no dia 1 de setembro (domingo), pelas 17H30.