Mais de 180 mil pessoas visitaram a 55.ª Feira Nacional de Agricultura /65.ª Feira do Ribatejo (FNA’18) até ontem, um evento que segundo Luís Mira, administrador do Centro Nacional de Exposições, “superou as expectativas” e assume, cada vez mais, uma vertente internacional.
Com seis dos dias a receberem mais de 20 mil visitantes, o destaque vai para o dia de ontem, sábado, com 41 mil visitantes.
Em conferência de imprensa, esta manhã, onde fez o balanço da edição que este ano teve como tema o “Olival e o Azeite”, Luís Mira admitiu que o certame “marcou a agenda política”, com a presença de Comissários Europeus, organizações internacionais, e participantes estrangeiros oriundos de países como Espanha, Itália, França, Grécia e Tunísia.
Luís Mira destacou ainda o “investimento das empresas que tornaram possível uma exposição com uma imagem cada vez mais cuidada e que revela a importância do certame para estabelecer contactos e negócios”, afirmou.
O administrador do CNEMA sublinhou a presença do Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, que considerou a FNA’18, “cada vez mais, um evento internacional” devido à sua dimensão e onde apresentou as linhas gerais das mais recentes propostas da Política Agrícola Comum.
Durante a FNA’18 realizaram-se 38 conversas sobre agricultura, destacando-se o “World Olive Oil Summit” e em especial a conferência “Os Grandes Desafios para a Agricultura no Futuro” na qual esteve presente o 1.º Ministro, António Costa, o Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan e o Comissário Europeu para a Ciência, Investigação e Inovação, Carlos Moedas.
“Mais de 6.100 pessoas assistiram aos seminários, encontros e reuniões durante os nove dias de feira, o que mostra uma vez mais a dimensão e o interesse desta área na Feira Nacional de Agricultura,” frisou Luís Mira.
Mais Ribatejo na FNA’18
Luís Mira destacou ainda o ‘Dia de Santarém’ como “exemplo de colaboração” com o Município, parceria que a Feira pretende repetir no próximo ano.
O responsável afirmou que passaram pela Feira, nesse dia (7 de Junho), cerca de 25 mil pessoas, 15.500 das quais com convites distribuídos pela autarquia escalabitana.
Presente na conferência de imprensa, Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara de Santarém, referiu que se tratou de uma “aposta ganha”, em face dos dados que “não se podem escamotear”, de que “apenas 30 por cento” dos visitantes da Feira são oriundos deste concelho. Daí a promoção do Ribatejo e de Santarém através dos barretes de campino, num ano experimental, que o Município pretende repetir na próxima edição.
Com cerca de 30 concursos nacionais a marcar presença nesta Feira, a aposta, “num projecto a três anos”, é reforçar a visibilidade do cavalo na Feira, assumindo-o como “uma marca do Ribatejo”.
Feira assume preocupação ambiental
Luís Mira destacou ainda a “preocupação ambiental” desta Feira, onde cerca de um terço dos resíduos já foi separado, nomeadamente, dez toneladas de vidro, cinco de plástico, sete de cartão e outras cinco toneladas de materiais indiferenciados.
“Esperamos, em 2020, ter 50 por cento de separação de resíduos, porque o ambiente é uma preocupação desta Feira”, admitiu Luís Mira.
Presente na conferência de imprensa, Diamantino Duarte, administrador da Resitejo, lembrou que o projecto de separação dos resíduos na Feira começou há três anos e confirmou que hoje “cerca de um terço” de todos os resíduos produzidos já são separados.
Para o próximo ano o “desafio” é reduzir o impacto do plástico, bem como aumentar as áreas de sombra e as instalações sanitárias disponíveis.
Uma das novidades deste ano foi a “nova imagem e o impacto” da decoração, na entrada principal do evento, com vários “olivais” distribuídos harmoniosamente e que surpreenderam os visitantes, com especial destaque para a oliveira milenar ali colocada.
Luís Mira anunciou ainda que o tema da Feira será
“O Vinho e a Vinha”, um sector “de grande importância para Portugal”, concluiu Luís Mira, será o tema da Feira no próximo ano.