A programação cultural de verão em Santarém despede-se no próximo fim de semana com um festival de música alternativa, inserido no projecto municipal Santarém Cultura, o In. Santarém 2019 – Festival de Artes e Cultura animou o verão na cidade desde 20 de Junho.

Na noite de sábado, a partir das 20h00, devido às condições climatéricas previstas a primeira edição do festival Cartaxo Sessions In STR muda para a Casa do Campino. O festival com a participação de quatro bandas, os Electric Moon, apresentados como “principal atracão”, os portuenses 10.000 Russos e Talea Jacta e o Conjunto!Evite, banda formada em Rio Maior, que integra dois filhos de Tim, cantor e baixista dos Xutos & Pontapés, afirma a nota.

Além da música, no local vai estar um “pequeno mercado com bancas de vendas de discos, trabalhos de ilustradores ou artigos das bandas participantes e o merchandising da própria organização”, sendo as entradas gratuitas, acrescenta.

Conjunto!Evite, de Rio Maior até Santarém

Os concertos ao ar livre começam pelas 20h, com a actuação do Conjunto!Evite, banda formada em Rio Maior, que inclui entre os músicos dois filhos de Tim, cantor e baixista dos Xutos & Pontapés.José Deveza, Manuel Belo, Sebastião Santos, Fábio Neves e Vicente Santos são os elementos desta banda que diz ter nascido da “capacidade de sonhar que o prog-rock tinha pernas para andar e podia sair do armário sem cheirar a naftalina”.

Dizem ainda ser “adeptos de cantigas longas e de fazer viajar quem os ouve, mas sem paciência para malabarismos técnicos. É música pela música, uma espécie de fusão entre Pink Floyd e Death From Above, ELP e QOTSA, Yes e Mastodon, Camel e Tool, num caldeirão de influências que se insinua mas nunca transborda e que faz ponto caramelo na palavra cantada de dois irmãos que só sabem harmonizar em Português”.

Paisagens sonoras com os Talea Jacta

A partir das 20h50, será a vez de tocarem os portuenses Talea Jacta, um duo formado pelo guitarrista Pedro Pestana, também dos 10000 Russos e Tren Go! Sound System, e pelo baterista, que também toca cimbalão e gongo, João Pais Filipe, que se reparte entre vários projectos como musicais como HHY & The Macumbas, Sektor 304, Montanha Magnética ou Paisel.A música da banda combina sons etnográficos, acompanhados por uma guitarra que vai criando paisagens sonoras através de canções de longa duração.O grupo explica que “o início dessa bela amizade”, aconteceu em Fevereiro de 2016, quando se reuniram para um espectáculo improvisado, no Porto, incluído numa série de “duetos improváveis”, promovidos pela Favela Discos. O resultado “foi tão bom” que registaram em Julho seguinte a primeira sessão de gravação como projecto conjunto.

10000 Russos invadem Santarém

Depois das 21h40, o palco pertence aos 10.000 Russos, apresentados como “uma força formidável no psicadelismo moderno”. Praticantes de um tipo de som descrito como “psych/post-punk industrial”, este trio vindo Porto lançou o álbum de estreia ‘Distress Distress’ em Abril de 2017, através da editora Fuzz Club Records.A promoção deste disco levou a banda a realizar duas grandes digressões – uma com 50 datas, outra com 60 espectáculos – em solo europeu, onde actuaram em 14 países diferentes ao longo de 2017 e 2018. Entre os muitos concertos, a banda destaca a presença em festivais na Polónia, Alemanha, Holanda ou Inglaterra, onde receberam largos elogios pelas suas prestações ao vivo.Depois da passagem por Santarém, a banda prepara-se para lançar um novo disco ainda este ano, enquanto se espera embarcar numa nova tournée, desta vez até ao outro lado do oceano Atlântico – no México – antes de regressar à Europa, onde vai percorrer novamente as salas do velho continente.

O rock ácido dos alemães Electric Moon

Formados em 2009, os alemães Electric Moon são hoje um dos nomes consagrados entres os seus pares. Surgiram por iniciativa do pintor Komet Lulu no baixo, Sula Bassana na guitarra e Pablo Carneval na bateria.A banda mistura “uma grande dose de psicadelismo” e “algumas cores ácidas”, o que contribui para que os seus concertos ao vivo se tornem numa “coisa única”, celebrando “o amor da música junto com o público”, sobretudo quando “ocorre uma simbiose” entre a banda e a assistência.Os Electric Moon têm actuado em alguns dos melhores festivais europeus dedicados ao psych e ao krautrock, estéticas musicais abrangentes e onde os alemães se inserem musicalmente.

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