O Festival Nacional de Gastronomia volta a “colocar Portugal à mesa”, na Casa do Campino, em Santarém, a partir de sexta-feira e até 01 de Novembro, numa edição marcada pelo crescimento e consolidação da matriz “diferenciadora”, salienta o município.
João Teixeira Leite, vice-presidente da Câmara de Santarém com os pelouros do Turismo e dos Grandes Eventos, afirma que a 41.ª edição daquele que é considerado “o pai dos festivais gastronómicos” em Portugal mantém a sua “componente diferenciadora”, num modelo que mereceu o reconhecimento como “um dos 25 festivais mais importantes da Europa” em 2020 e de evento do ano 2021, pela associação de hotelaria e restauração de Portugal.
“Foi o primeiro [festival de gastronomia] e é o mais transversal, vamos ter o país inteiro, todas as regiões vão estar presentes, não só com a componente dos restaurantes de lugares sentados, mas também com a componente dos petiscos”, da doçaria, do artesanato, da etnografia e da animação, disse.
“É a prova que, de facto, estamos no caminho certo”, acrescentou, salientando a elevada participação de empresas, organizações de produtores, instituições e a presença de marcas, algumas pela primeira vez, que decidiram investir no evento.
João Leite adiantou que uma das novidades do festival é a instalação, na zona central da Casa do Campino, da Praça Confagri, da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, que marcará presença com os seus produtores associados.
No centro da praça estará a funcionar uma cozinha, “onde vários chefes e cozinheiros vão fazer várias demonstrações gastronómicas” para o público provar, ficando o espaço em redor dos claustros (que nas edições anteriores acolheu o artesanato) ocupado exclusivamente por expositores com produtos ligados à gastronomia e também para profissionais.
Uma das zonas do espaço ficará ainda reservada para os “banquetes” que serão servidos por quatro chefes de restaurantes com Estrela Michelin ou Bib Gourmand – Rodrigo Castelo (embaixador para a gastronomia de Santarém e curador do evento, no dia 21 de Outubro), Diogo Rocha (dia 27), Henrique Sá Pessoa (dia 28) e João Oliveira (dia 31) -, convidados a criarem menus “com inspiração nas suas regiões de origem, com ‘pairing’ de vinhos de produtores da mesma região”.
Cinco restaurantes de Santarém – Amassa, Digusto, KOOK, 2 Petiscos e Oh! Vargas – servirão os restantes banquetes, dando “a conhecer o melhor das suas cozinhas fazendo harmonizações com vinhos” cedidos pela CVR Tejo.
Na ligação às antigas Cavalariças, onde funcionarão os restaurantes, o espaço Makro trará de volta os petiscos, com a presença de 24 chefes e cozinheiros, “muitos deles estrela Michelin”, dando a provar petiscos de várias regiões do país, incluindo ilhas, “aliando tradição e modernidade”, e de forma “acessível a todos”, já que os preços variarão entre 1,5 e os 6 euros, acrescentou.
Entre os dois espaços, estará a Garrafeira, “dedicada a harmonizações com produtos emblemáticos de cada região, com a curadoria de Rodolfo Tristão”, a ‘workshops’ de vinhos e ‘showcookings’ a cargo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, e com uma mesa corrida, onde “desfilará” a “cozinha portuguesa dos oito restaurantes participantes”, havendo todos os dias, às 18:00, uma mostra com degustação e harmonização.
A enorme tenda que liga à zona dos restaurante irá acolher a doçaria e espaços onde decorrerão acções de formação, como a “Escola de Bar”, ‘showcookings’ e concursos, como o de gastronomia tradicional, o de sobremesas, de entradas e petiscos, de sopas, de frango assado, entre outros, existindo ainda uma padaria, onde será fabricado todo o pão para o festival.
João Leite destacou que, este ano, os bilhetes de entrada no espaço, com um custo de 2,5 euros, necessários para quem entre depois das 18:00, podem ser adquiridos ‘online’.
“Nós queremos crescer muito e o festival tem potencial para isso”, disse o autarca, acrescentando que o evento se insere na estratégia municipal de “trazer visitação ao território”, levando mais pessoas ao centro histórico e aos restaurantes de Santarém e aumentando as pernoitas nas unidades hoteleiras, num contributo para a dinamização da economia local.