Filipe Nicolau, cantor e compositor da banda ‘The Town Bar’, apresenta amanhã, no Centro Cultural do Cartaxo, o seu primeiro single a solo ‘Licor’ que descreve como “um pseudo fado tradicional com uma pitada de tango e valsa pelo meio”. O primeiro single do músico já se encontra em todas as plataformas digitais. O trabalho de Filipe Nicolau pode ser acompanhado na sua página de facebook, instagram e site oficial.

Quem é o Filipe Nicolau?
Filipe Nicolau é um tipo que adora música dos mais variados estilos e que também adora compor. É também alguém que procura criar algo diferente, mas ao mesmo tempo igual, com que as pessoas se possam identificar. Nicolau é o meu projecto a solo que pretende mostrar uma outra faceta com canções mais intimistas e em português.

Como surge a música na sua vida?
Não sei precisar o momento, acho que foi acontecendo gradualmente. Lembro-me quando era muito novo de ouvir cassetes e CD’s da minha irmã mais velha. O álbum “Stomping Ground” dos Goldfinger e o “Californication” dos Red Hot Chili Peppers foram, por exemplo, os primeiros álbuns que me lembro de ouvir e pensar “Porra… isto é muito bom”. Mas a paixão realmente surgiu para ficar quando comprei um baixo aos 16/17 anos para tocar com uns amigos e sinceramente surge de novo quando descubro novos géneros musicais pelos quais me apaixono, como por exemplo, mais recentemente o “Bluegrass” e o “Gypsy Jazz”.

É também cantor e compositor da banda ‘The Town Bar’. O que o levou a enveredar por uma carreira a solo?
“The Town Bar” nasceu do meu projecto a solo “Fil, the Captain” do qual cresceu naturalmente para banda com um estilo um pouco diferente, daí ter outro nome. Tendo o meu projecto a solo se transformado em banda, decidi começar de novo um projecto a solo onde fosse livre de criar novas músicas com ‘feelings’ diferentes, de maneira a mostrar outras facetas de compositor. Até porque também tenho como objectivo compor para outros artistas.

Em que é que se inspirou para este trabalho a solo?
Não me inspirei em nada em específico, nem sequer sabia o que queria compor apenas sabia bem o que não queria. E foi esse o início: tentar compor algo diferente do que já tinha composto até então mas com o desafio de ser em português.

Os nomes das músicas deste EP são originais. Como decide a sua escolha?
No meu caso, muitas vezes o nome da música vem da ideia geral da letra, que normalmente está implícita no refrão. Mas por vezes é também a frase inicial ou uma expressão que me vem à cabeça e depois construo a música a partir daí… Por exemplo: “Alto e Pára o Baile”…

Quais são as suas referências musicais?
A minha banda preferida, de alguns anos já, chama-se “Annemaykantereit”. São alemães e eu não entendo nada das letras mas inspiram-me e transmitem-me tanto que nem importa bem o que a letra diz. Eu tenho a minha própria interpretação e para mim o mais importante é o ‘feeling’ que recebo da canção em si.
Recentemente comecei a ouvir mais música portuguesa, coisa que nunca me atraiu muito. Descobri que adoro Ana Moura e a minha maior influência em português é o Miguel Araújo. Como músico e compositor o Miguel é dos melhores que temos em Portugal. Também gosto bastante da Ana Bacalhau, a forma como ela sente a música e a interpreta é algo de fantástico.

Tem apresentação marcada para sábado (7 de Setembro, às 22h00) no Centro Cultural do Cartaxo. O que espera deste concerto?
Espero essencialmente divertir-me e dar boa música a quem lá estiver. Gosto de transmitir sentimentos e emoções e procuro inspirar e “tocar” nas pessoas de alguma forma, mas como disse, espero que quem esteja por lá se divirta a ver o meu concerto e que vá para casa satisfeito a pensar que valeu a pena.

Quais são os seus objectivos para o futuro no mundo da música?
Tenho como objectivo tocar por todo o país e levar a minha música ao maior número de pessoas possível. Gosto da ideia de fazer uma ‘tour’ de auditórios com concertos mais intimistas e espero num futuro próximo consegui-lo. Tenho também como objectivo compor para outros artistas de renome nacional.

Qual é a vertente da música que mais gosta? E a que mais detesta?
O que mais prazer me dá, é compor músicas novas e dar concertos ao vivo. Preparar um grande espectáculo para surpreender o público e vê-los a cantar ou a dançar as minhas músicas. Não há melhor sensação que essa. Antigamente sofria muito na parte de gravação e não gostava nada, até porque sou um pouco perfeccionista, mas agora já consigo desfrutar e também me dá prazer surgir com coisas novas no momento da gravação. O facto de ter de criar conteúdo constantemente e o partilhar nas redes sociais é algo que me chateia um pouco, porque apesar de ser essencial é algo que não domino bem.

Leia também...

A vida de Maria Serrano deu um livro

A vida de Maria Serrano deu um livro. Intitulada “Órfã de Pais…

‘O Punho’ com encenação de Fernanda Lapa abre temporada “Março, mês do Teatro” em Santarém

A Escola de Mulheres apresenta, no próximo dia 4 de Março, às…

Alunos do Curso de Artes do Espectáculo da escola Ginestal Machado representam no Centro Histórico

Os alunos do curso de Artes do Espectáculo da Escola Secundária Dr.…

“É fulcral consciencializar desde cedo as crianças pelas suas escolhas”

Ana Catarina Silva é a autora do livro infantil ‘Nini e Simão – A Aventura da Alimentação”.