O deputado do PSD António Costa da Silva criticou o Governo por alegadamente ter cativado este mês cerca de 60% da verba a transferir para a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

“Estamos a falar de um corte de cerca de 60% do orçamento da ERT do Alentejo e Ribatejo”, que corresponde a “um valor altamente inibidor para o desenvolvimento dos projectos” desta entidade, afirmou o parlamentar social- democrata.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, escusa-se a falar sobre o assunto mas o deputado “laranja” referiu que a cativação das verbas do Orçamento do Estado para a ERT do Alentejo e Ribatejo “decorre das cativações que têm sido feitas, nos últimos anos, pelo actual Governo do PS em relação às entidades públicas”.

“Só que a novidade é que este ano o Governo começou mais cedo e começou por uma entidade que tem tido um trabalho muito importante no desenvolvimento da região”, sublinhou, considerando que a dimensão da cativação “é de tal ordem que põe em causa o funcionamento da instituição”.

Costa da Silva assinalou que o Governo “costuma cativar verbas e limitar os investimentos das entidades públicas um pouco mais à frente” no ano, indicando que, neste caso, o procedimento foi feito “no início deste mês” e abrangeu também outros organismos.

“Pelo que percebi, até por algumas declarações públicas do próprio presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, ele tem a expectativa que essas cativações não se transformem em verdadeiros cortes, mas o que temos visto, nos últimos anos, é que o Governo não olha a meios para cortar”, disse.

O parlamentar social-democrata alertou ainda que as cativações têm “implicações muito sérias no trabalho” das entidades e “no investimento público”, notando que, no ano passado, as cativações superaram os “mil milhões de euros”.

“O Governo engana facilmente os portugueses e os partidos parceiros, nomeadamente o PCP e o Bloco de Esquerda, também se deixam enganar, porque aprovam sucessivos orçamentos do Estado com determinados valores para o investimento e, depois, o que se verifica é que o Governo corta brutalmente no investimento e nas rubricas para as entidades publicas”, acrescentou.

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