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Portugal regista uma atividade de gripe crescente, adianta o relatório sobre os vírus respiratórios da Direção-Geral da Saúde (DGS), que recomenda a manutenção dos planos de contingência para responder ao aumento da procura dos serviços de saúde.

“Recomenda-se a manutenção dos planos de contingência ativados e das medidas previstas nos mesmos, de forma a responder ao aumento da procura dos serviços de saúde (incluindo as escalas de recursos humanos, alargamento de horários e ajuste da atividade programada)”, refere o documento semanal da DGS.

De acordo com o relatório de vigilância e monitorização referente à semana de 19 a 25 de dezembro, regista-se uma “atividade epidémica da gripe com tendência crescente” no país e, desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) do vírus, “associado a maior gravidade nas populações mais vulneráveis”.

A DGS avança ainda que, nesta semana, se registou uma “ligeira diminuição da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal”, a maioria dos quais de adultos entre os 19 e os 59 anos.

Nos cuidados de saúde primários, em comparação período de 12 a 18 de dezembro, foi registada “uma ligeira diminuição da proporção de consultas” por gripe, mas a DGS reconhece que estes valores devem ser interpretados considerando a tolerância de ponto.

“O aumento da atividade gripal nos grupos etários mais velhos sustenta o reforço da comunicação da necessidade de adoção de medidas de proteção individual pela população e grupos específicos, durante as festividades”, alerta também a DGS.

Estas medidas incluem a etiqueta respiratória, a lavagem frequente das mãos, a desinfeção de equipamentos e de superfícies, a ventilação de espaços, a proteção em contextos de risco de exposição a vírus respiratórios (como espaços com aglomerados de pessoas, sobretudo sem ventilação adequada) através do distanciamento e a utilização de máscaras, adianta a direção-geral.

Sobre a covid-19, o relatório adianta que a notificação de casos de infeção pelo SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente, com 26 casos por 100 mil habitantes a sete dias.

“Verificou-se um aumento do número de casos diários de infeção por SARS-CoV-2 na China nos últimos dias. De acordo com o ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças), poderá existir incompletude da informação partilhada pela China. Esta situação deve ser acompanhada de perto nas próximas semanas”, salienta também a DGS.

Em 25 de dezembro, estavam internadas em enfermaria 368 pessoas com covid-19, menos 19% do que no mesmo dia da semana anterior, dos quais 46 encontravam-se em unidades de cuidados intensivos (mais 5%), indica a DGS.

O número de doentes em cuidados intensivos por covid-19 correspondia a 18,0% do nível de alerta de 255 camas ocupadas nestas unidades.

Na semana de 19 a 25 de dezembro, foram emitidos 2.723 certificados de óbito e a mortalidade geral esteve acima do esperado para a época do ano, tendo-se observado um excesso de mortalidade na região Norte e no grupo etário acima dos 75 anos.

Já mortalidade específica por covid-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar definido pelo ECDC, avança o relatório da DGS.

Entre 19 e 25 de dezembro, foram administradas 30.604 vacinas contra a covid-19 de reforço sazonal, o que representa um ritmo de administração de 4.372 doses por dia.

Até 25 de dezembro, tinha sido administrado um total de 2.928.937 doses de vacinas de reforço sazonal contra o coronavírus SARS-CoV-2.

Relativamente à gripe, a DGS adianta que já tinham sido dadas 2.325.931 doses de vacinas e que a cobertura vacinal no grupo etário com 65 ou mais anos era de 73%.

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