O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) criou uma área no Hospital de Abrantes destinada a receber idosos que testem positivo à covid-19, que estejam assintomáticos e cujos lares não consigam assegurar o isolamento profilático.
Em comunicado, o Conselho de Administração (CA) do CHMT, que agrega as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, afirma que esta medida pretende “colmatar as dificuldades que algumas instituições residenciais e lares de idosos têm em isolar casos positivos” por SARS-Cov2.
Por outro lado, “elimina-se o risco de transmissão da doença a outros residentes ou funcionários dessas mesmas instituições, evitando-se uma eventual contaminação alargada”, lê-se no documento.
O CHMT dá ainda conta que a nova área, que tem capacidade para acolher 26 utentes, vai funcionar “como reserva estratégica para o distrito de Santarém”, contando com o “apoio de uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, assistentes técnicos, assistente social e, se necessário, psicólogo”.
Segundo afirmou o presidente do CA do CHMT, esta nova Unidade de Apoio “surge, essencialmente, para fazer face a uma carência que se identificou e para melhorar a resposta do distrito, como um todo, às diferentes vertentes da pandemia, e será accionada quando necessária”.
A nova medida, refere Carlos Andrade Costa na nota informativa, “visa garantir o devido isolamento aos idosos do distrito com a covid-19, assintomáticos, com uma prestação de cuidados diários, em condições de segurança e com a dignidade que todos merecem”.
No mesmo comunicado pode ler-se que “a referenciação dos utentes para esta nova Unidade de Apoio ao Covid-19 é realizada pela Segurança Social do Distrito de Santarém, sob o comando operacional da Proteção Civil Distrital de Santarém, que fará o encaminhamento dos idosos das instituições para o CHMT”.
Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.