As intervenções nos 23 diques do Vale do Tejo, um investimento de 3,6 milhões de euros, foram dadas por concluídas, permitindo assegurar a regularização fluvial e o controlo de cheias em zonas de inundações frequentes.

Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que foram concluídas as empreitadas de reabilitação em 51 quilómetros de diques, em sete concelhos do distrito de Santarém – Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Golegã, Salvaterra de Magos e Santarém e Azambuja, distrito de Lisboa.

“Esta intervenção teve por objectivo a melhoria das condições de adaptação às alterações climáticas, melhorando a fiabilidade das infra-estruturas de defesa existentes, permitindo a redução do risco e dos impactos para pessoas e bens, associados à ocorrência de cheias e inundações”, afirma.

A intervenção iniciou-se pelo levantamento do estado de cada dique, com o diagnóstico das características e patologias, levantamento fotográfico e georreferenciação, tendo sido elaborados cinco contractos interadministrativos entre a APA e as autarquias, para as candidaturas ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), no âmbito das “intervenções estruturais de desobstrução, regularização fluvial e controlo de cheias em zonas de inundações frequentes e danos elevados”, acrescenta.

As empreitadas de reabilitação dos diques do Vale do Tejo contemplaram o corte e limpeza de vegetação e/ou arbustos, o coroamento e taludes, o arranque ou corte de árvores, o reperfilamento e/ou reparação do corpo do dique, o refechamento das juntas deterioradas, o preenchimento das cavidades e a reparação das portas de água.

Segundo a APA, “os diques do Vale do Tejo são estruturas hidráulicas muito antigas, alguns dos quais construídos ou reconstruídos sobre antigos valados em terra que remontam à ocupação árabe da Península Ibérica”.

Têm por função “contribuir para um melhor ordenamento hidráulico do leito, margens e zonas inundáveis, defendendo os terrenos adjacentes, até certos limiares de caudal, contra as inundações e alvercamentos que a velocidade das correntes pode produzir”, acrescenta.

Nas décadas mais recentes, na sequência dos estragos provocados por ocorrências de cheia, os diques foram sendo reparados com recurso a materiais como betão simples, pedra arrumada e asfalto, sendo que alguns deles não tinham qualquer intervenção “há mais de uma década”, afirma a APA.

Leia também...

Bandeira Azul hasteada na Praia Fluvial do Sorraia

A Praia Fluvial do Sorraia, no coração da vila de Coruche, recebeu hoje, dia 29 de Junho, a Bandeira Azul. Uma distinção que sublinha…

Ecolezíria investe mais de 30 mil euros na lavagem de ecopontos

A Ecolezíria deu por concluído, no passado dia 26 de Abril, o processo de lavagem e desinfeção dos ecopontos destinados à recolha de resíduos…

PSD preocupado com passivo ambiental de da Fabrióleo em Torres Novas

Os deputados do PSD eleitos por Santarém questionaram o Governo sobre o “histórico de inspecções realizadas” numa unidade industrial de Torres Novas e quais…

Participado ao MP crime de poluição por indústria de tomate na ribeira da Asseca

A Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) participou ao Ministério Público um crime de poluição na ribeira…