A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai remodelar o Centro de Apoio a Deficientes Profundos, em Fátima, um investimento de cinco milhões de euros (ME) que inicia em novembro, disse hoje à Lusa o administrador do centro, Joaquim Guardado.
“Temos um investimento de cerca de cinco milhões de euros, para remodelar todo o edifício, quer os quartos e as salas dos nossos utentes”, afirmou Joaquim Guardado, explicando que os trabalhos incluem a substituição de janelas e portas, mas também casas de banho e equipamentos, e melhoria de serviços.
Segundo este responsável, trata-se de um “grande investimento e uma grande remodelação”, a maior desde que o centro foi criado, em 1989, considerando que as alterações futuras “vão ser significativas em termos de qualidade, para melhor serviço e em melhores condições para todos os utentes”.
“Esta é uma instituição com cerca de 35 anos de existência e tem toda a degradação própria do tempo”, adiantou, referindo que as obras, comparticipadas na ordem dos 85% pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, têm um prazo de execução entre ano e meio e dois anos.
De acordo com o sítio na Internet da UMP, o Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II tem capacidade para acolher 192 utentes, entre os 3 e os 65 anos, sendo que, além de lar, tem um centro de atividades ocupacionais e a escola de educação especial Os Moinhos, que recebe “utentes cujas necessidades não encontram resposta nos estabelecimentos de ensino formal”.
“No âmbito da saúde, o centro dispõe de um serviço de reabilitação cujo trabalho incide sobre aspetos como a funcionalidade, a autonomia, a participação, as capacidades e o desempenho dos residentes”, acrescentou a mesma fonte.
Joaquim Guardado declarou que no decurso das obras os utentes vão ser transferidos para uma parte do edifício onde existem quartos destinados aos voluntários da instituição e que têm todas as condições.
“Serão esses dois pisos, primeiro e segundo andares, onde os nossos utentes vão ficar e, consoante as obras vão evoluindo, vão mudando”, para causar o menor impacto junto destes, realçou, salientando que “foi tudo previsto” quando se iniciou o projeto.
Com cerca de 220 funcionários, este foi o primeiro centro de apoio a deficientes profundos em Portugal. Recebe utentes de todo o país.