Ricardo Gonçalves na inauguração da Casa do Benfica 2.0 prevista para a “primeira quinzena de Setembro”: “Isto vai ser um casamento para toda a vida entre o Benfica e Santarém”.
A inauguração da futura Casa do Benfica 2.0 em Santarém está prevista para a “primeira quinzena de Setembro”, foi divulgado na passada terça-feira, 13 de Junho, ao final da tarde, no decorrer de uma apresentação à comunicação social que contou com as presenças de Domingos Almeida Lima, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Santarém e ainda de Luís Santos, presidente da Casa do Benfica de Santarém.
Também marcaram presença na cerimónia, os vários parceiros do Sport Lisboa e Benfica que se envolveram na construção desta primeira Casa do Benfica 2.0, que será pioneira em todo o Mundo.
Neste espaço, destaca-se a criação de 400 m2 de área desportiva, social e académica, no âmbito do projecto Benfica Activo, destinado a pessoas de todas as idades e onde serão desenvolvidas mais de 30 diferentes actividades.
Neste espaço, vão ainda nascer outros serviços, na área da restauração, Benfica Store e Barbearia à Benfica, num investimento superior a 1.8 milhões de euros e que, numa primeira fase, determina a criação de 25 postos de trabalho directos, anunciou o Benfica.
“Sendo este um projecto piloto desenvolvido pelo Sport Lisboa e Benfica e sem igual no mundo inteiro, fica este dia e este local com marca histórica por mais este capítulo que estamos a construir na nossa história, mas também na cidade de Santarém que será uma primeira a ter uma Casa do Benfica desta nova geração”, afirmou ontem em Santarém Domingos Almeida Lima.
O vice-presidente dos ‘encarnados’ reconheceu “algum atraso” na obra, mas garantiu “estar pronto a concluir este projecto, que é do Benfica, mas também, sobretudo, muito dirigido à cidade de Santarém, à comunidade”.
“Para isso esperamos que o distrito de Santarém passe a ter também um aeroporto para as pessoas mais rapidamente poderem vir à Casa do Benfica”, enfatizou.
Domingos Lima lembrou o que contemplará esta Casa do Benfica 2.0, nomeadamente, um recinto de jogos para a prática das modalidades desportivas, que pode ser utilizado para a prática desportiva dos mais velhos fora do seu período laboral, mas também pela juventude, não esquecendo as famílias que “devem e podem integrar este projecto e terão actividades para nele se incorporarem”, assegurou.
“Serão 400 metros quadrados de espaço para o desenvolvimento desportivo, académico e social para todas as idades. Iremos ainda dotar este espaço de um primeiro restaurante Benfica, que terá a marca mística, com uma carta desenvolvida para este concelho, tendo em atenção o equilíbrio do dia das crianças e ainda um dos produtos gastronómicos portugueses mais apreciados, com base da restauração, e que em breve será apresentado a todos”, acrescentou.
O novo espaço incluirá ainda uma Store Benfica com todos os serviços e produtos do Sport Lisboa e Benfica. Vai estar aberta em permanência e contará ainda com os jogos da Santa Casa numa parceria com a Casa Campeão. A Casa do Benfica de Santarém vai ter um espaço de trabalho, para o desenvolvimento das suas actuais iniciativas.
Domingos Lima garantiu que a Casa do Benfica 2.0 irá criar “mais de 25 postos de trabalho, nesta primeira fase, num investimento total que ultrapassará 1.8 milhões de euros”, sublinhou.
O vice-presidente ‘encarnado’ agradeceu ainda aos órgãos sociais da Casa do Benfica em Santarém “todo o apoio para podermos avançar com este projecto pioneiro”.
Presente na sessão, o presidente da Câmara de Santarém reforçou a importância deste projecto para Santarém, “algo muito importante e que pode ser marcante para o nosso concelho e quero agradecer isso ao Benfica”.
“Para além da pandemia, da guerra, tivemos também 30 pessoas que em Santarém, de uma forma muito marcada não quiseram que acontecesse, não sei se era por questões políticas, clubísticas, patrimoniais… Isso deu-nos também algum trabalho e eu não esqueço uma reunião que tivemos com a equipa do Benfica que estava a trabalhar no projecto na GDPC com o Dr. Jorge Jacinto. Aqueles que podem ter alguma mágoa de isto estar feito, têm de pensar que o mais importante de tudo é Santarém e é isso que é relevante”, salientou Ricardo Gonçalves.
“Isto vai ser um casamento para toda a vida entre o Benfica e Santarém e não tenho dúvidas nenhumas que vai ser relembrado por todos. A marca Santarém também sai valorizada cada vez que se fala na primeira Casa do Benfica 2.0, toda a gente de norte a sul do país sabe que é em Santarém. Ajudará também o aeroporto. Espero que os atletas antes de irem ao Estádio da Luz parem no nosso aeroporto e comecem a vir aqui assinar umas camisolas ou comecem a vir assinar os contractos na futura Casa do Benfica e só depois entrem no estádio”, rematou o presidente da Câmara de Santarém.
No passado mês de Fevereiro, o presidente do SL Benfica esteve em Santarém para assinar o protocolo que possibilitou o lançamento da primeira Casa 2.0 do emblema da Luz.
Na oportunidade, depois de agradecer ao município e aos actual e antigo presidentes da Casa do Benfica de Santarém, Luís Filipe Santos e Álvaro Gaivoto, respectivamente, Rui Costa destacou a importância do projecto, anunciado em 2019.
“Este é o primeiro pilar das novas Casas do Benfica, que queremos espalhar pelo Mundo inteiro”, afirmou o presidente dos encarnados, que está apostado em aproximar os adeptos do estádio, criar uma maior proximidade e “orgulho” no emblema das águias.
“Temos 298 casas espalhadas pelos cinco continentes, 25 mil desportistas nessas casas, entre crianças a adultos, e 25 por cento da receita do estádio nasce nas Casas do Benfica”, explicou o dirigente, em Fevereiro, nos Paços do Concelho de Santarém.
Por outro lado, este projecto será uma mais-valia para o município: “Não queremos que estas Casas venham apenas embelezar, mas que tenham utilidade. É um orgulho ver este projecto nascer num município com tantos benfiquistas, ainda por cima uma Casa que recentemente fez 62 anos”, destacou Rui Costa.
O projecto da Casa 2.0 de Santarém, anunciado em 2019, já deveria estar concluído, mas, pelo caminho, vários obstáculos travaram a concretização. Desde a oposição de um grupo de personalidades, à necessidade de parecer favorável da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), entretanto obtido, até aos constrangimentos da pandemia Covid-19 e às eleições antecipadas no Benfica.
Estão, agora, finalmente reunidas as condições para que avance um projecto com plano de expansão para outras casas: Vila Real, Portalegre, Loures e Beja.
Covilhã e Torres Vedras seguirão, segundo o Benfica, modelos idênticos, mas numa versão mais compacta dos serviços disponibilizados.
