A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) vai ter, a partir de quarta-feira, equipas dedicadas ao apoio aos jovens participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), informou hoje a organização do encontro mundial de jovens com o Papa.

“Desenhando um plano que procure que o maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa seja vivido com total tranquilidade e em segurança, a APAV está preparada para acolher qualquer pessoa que se sinta em risco ou possa ser vítima de qualquer forma de crime e de violência”, adianta a organização da JMJ Lisboa 2023 em comunicado.

A APAV vai agir “em estreita articulação com as diferentes entidades de relevo, nomeadamente com as Forças e Serviços de Segurança e Emergência, Proteção Civil, Saúde, Justiça e Entidades Diplomáticas”.

Neste contexto, a partir de quarta-feira e até dia 06 de agosto, haverá apoio presencial na chamada “Colina do Encontro” (Parque Eduardo VII) e, nos dias 05 e 06 de agosto, no “Campo da Graça” (Parque Tejo), com equipas de “profissionais prontas para dialogar em Português e Inglês e, se necessário, com recurso a serviços de tradução”.

A organização da JMJ acrescenta que “a equipa de apoio da APAV estará ainda disponível para se deslocar aos outros recintos da área de Lisboa que vão acolher a Jornada, mas também às Dioceses de Acolhimento de Santarém e Setúbal, se necessário”.

Por outro lado, desde 16 de julho e até 07 de agosto, a Linha de Apoio à Vítima da APAV (número gratuito 116 006), está disponível 24 horas por dia, podendo, também, a associação ser contactada através do endereço de email jmj@apav.pt.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima “vai também lançar o ‘site’ apav.pt/jmj, um recurso adaptado, que agrega as informações sobre os serviços de apoio, mas também dicas práticas de segurança de pessoas e bens, que pode ser facilmente consultado em telemóvel e que está disponível nas cinco línguas oficiais do encontro, nomeadamente português, inglês, francês, espanhol e italiano”, acrescenta o comunicado.

Esta intervenção da APAV é promovida no âmbito de um protocolo assinado em março com a Fundação JMJ Lisboa 2023.

Aquando da celebração do protocolo, o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bispo Américo Aguiar, sublinhou a necessidade de garantir que “todas as pessoas que vêm à JMJ se sintam num ambiente acolhedor, seguro”.

Já João Lázaro, da APAV, sublinhou que esta é a “primeira vez que o foco das vítimas tem a sua dimensão própria no planeamento de um evento desta enorme dimensão”.

Com o tema dos abusos de menores no seio da Igreja presente nas preocupações dos responsáveis pela JMJ, a intervenção da APAV vai incidir sobre os mais diferentes tipos de incidentes que possam afetar os jovens participantes na Jornada.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que contará com a presença do Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus.

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