José Brilhante apresentou, na passada sexta-feira, dia 10, na Sociedade Recreativa Operária, em Santarém, o livro ‘Toda a Verdade – Luz e Sombras da Vida’. Trata-se de um registo autobiográfico que “não se refugia em meias verdades nem em exercícios semânticos, ousando assumir com franqueza e determinação cada episódio da sua vida, em todas as dimensões, sem receio de pôr os nomes nas coisas”, segundo referiu Ludgero Mendes, que fez a apresentação da obra.
“José Brilhante é um homem sério, que se pôs ao serviço de uma sociedade que nem sempre soube merecer a sua competência, dedicação, o seu empenho e a sua disponibilidade”, acrescentou. Segundo Ludgero Mendes, José Brilhante faz, nesta obra, as “contas com a própria memória”, mas fá-lo “de uma forma elegante e elevada porque não trás amarguras para o livro. Ensaia uma história da sua própria trajectória que nos leva para o interior das instituições que serviu”.
Para Ludgero Mendes, o título da obra [Toda a Verdade] “não é um exercício de semântica. Tem uma correspondência exacta com o conteúdo”.
“Desassombradamente, este discurso na primeira pessoa permite-nos fortalecer os laços de afecto e de estima por um Homem que teve de enfrentar tantas vicissitudes na sua vida, as quais sempre soube superar dignamente, ainda que tendo de pagar um preço elevado”, referiu.
“Percebemos como a vida, em alguns momentos, lhe foi adversa. No entanto, aquilo que ele ressalta no seu livro, é que ele teve sempre, primeiro, um sentimento de consciência tranquila”, disse ainda.
“É um livro que se lê de um só fôlego, com uma escrita cativante pela sinceridade, sem subterfúgios. O que diz, é com clareza, frontalidade e transparência”, concluiu.
Dirigindo-se ao autor, Ludgero Mendes afirmou: “ainda bem que tiveste a ousadia e a coragem de escrever esta obra. Este livro é a tua história, mas vai para além disso porque nos detalhes que dás em cada uma das fases da tua vida, dás-nos a conhecer também elementos da própria história da cidade de Santarém”.
Surpreendido com a adesão das pessoas ao lançamento deste livro, José Brilhante, licenciado em História, revelou que os capítulos que lhe deram mais “gozo”, foram os referentes ao FAOJ – Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis e à Segurança Social, instituição da qual foi director regional. Confessando que esteve para desistir a meio do projecto, uma vez que percebeu que “feridas antigas não estavam ainda saradas”, José Brilhante afirmou ter “renascido”, transformando “os problemas em desafios”.
Nesta apresentação, o autor não escondeu ainda a ambição de apresentar uma eventual candidatura a uma Junta de Freguesia, como forma de continuar “a servir a comunidade” e a sua cidade.