José Melro, estreou-se esta temporada na liga 3 ao serviço da União Desportiva de Santarém, onde já participou em quatro partidas. O jovem avançado foi destaque na partida em casa frente ao Caldas onde marcou um dos golos da equipa e ainda assistiu para o segundo num jogo que acabou empatado a dois golos. José, que já leva perto de 40 golos entre Juniores, Equipa B e Equipa Principal, revela em entrevista ao Correio do Ribatejo como surgiu a oportunidade na União de Santarém, a relação com os colegas e ainda os sonhos que pretende alcançar no futuro no mundo do futebol.
Como surgiu o futebol na tua vida?
Surgiu logo aos três ou quatro anos, pelo meu Pai e pelos meus irmãos. Eles sempre foram praticantes, também desde miúdos, e o meu pai sempre nos levou ao futebol, inscreveu os meus irmãos no futebol também cedo. E com o hábito de os ver jogar, de acompanhar sempre os jogos deles acabei por também me interessar. O primeiro jogo que fiz foi logo aos três ou quatro anos, e não parei mais, foi até hoje.
Porque escolheste o União Desportiva de Santarém?
Escolhi porque de todas as propostas que tinha era a melhor, a mais aliciante, era o melhor projecto sem dúvida. Falei com o meu pai que foi o primeiro a dizer para aceitar, que o projecto era bom e não me vejo em mais nada sem ser neste projecto.
Tem 17 anos, estreou-se há pouco tempo no plantel sénior, é um sonho concretizado?
Sem dúvida. É um sonho concretizado, ainda não ter acabado a formação e já me poder estrear pelos séniores, e estou a viver um sonho.
No jogo frente ao Caldas SC (9 de Abril) marcaste um dos golos. O que se sente num momento desses?
É uma experiência sensacional, ainda mais por ser onde é. Na minha cidade e ser num jogo com aquela importância, foi um momento espectacular.
É mais importante ser no clube da terra?
É! Já se sente que há uma grande responsabilidade em representar este clube e então quando é o clube da terra. Como pessoa de Santarém, quero tentar fazer evoluir o futebol para que não caia em Santarém.
Como é a relação de um jogador com 17 anos com jogadores com quase o dobro da idade?
É uma grande experiência, tenho capitães e companheiros de equipa que são espectaculares para mim, sempre me incentivaram. Tenho que lhes agradecer muito, aos meus ‘misters’, e principalmente à SAD da União, por ter acreditado em mim para este projecto.
Porque escolheste a posição de avançado?
Não fui bem eu que escolhi. Nos escalões mais baixos não há posições, jogam onde calha. Desde miúdo sempre fiz muitos golos e sempre me destaquei mais aí. Tenho bastantes prémios de melhor marcador em torneios. Sempre me quiseram por lá na frente.
Tens quase 40 golos marcados, entre juniores, equipa B e A. Qual o segredo?
Foco, trabalho e ter as pessoas certas a trabalharem contigo.
Consideras que devias ter mais oportunidades na equipa principal?
Não. Considero que estou a trabalhar para que isso aconteça, mas sinto que a oportunidade que me foi dada de jogar a titular foi algo que eu esperava, porque trabalho muito para isso. Mas na altura delicada em que o clube está nunca pensei que pudesse entrar e fico muito grato aos misters por terem acreditado em mim neste momento.
Já tiveste alguma proposta de um clube grande?
Já, algumas. Mas prefiro não falar nisso.
Porque não aceitaste?
Porque me sinto bem. Quando chegar ao final do ano nunca se sabe o que pode acontecer. O futebol é assim.
Quem são as tuas grandes referencias?
Por tudo o que fez o Cristiano Ronaldo é sensacional. Mas para fugir um pouco à regra, um jogador que aprecio muito é o Bernardo Silva, gosto muito do estilo de jogo. Não português será o Phill Foden, não tenho um jogo parecido com ele mas admiro muito vê-lo jogar.
Como concilias os treinos e os estudos?
Foi das primeiras coisas que se falou quando ingressei no projecto. Para mim, um miúdo com 17 anos, a escola é tão importante como o futebol. Felizmente tive uma escola em Lisboa, Inglesa, que foi espectacular para o meu progresso tanto no inglês, como na escola, estou a aprender coisas novas e consigo conciliar porque é flexível e ajudam-me bastante.
Até onde pretende chegar como futebolista?
O meu objectivo é chegar aos três grandes. E daí é o que deus quiser. Se tiver que chegar mais longe será devido ao meu trabalho.
Tem algum agradecimento a fazer?
Quero mandar um beijinho para a D. Goretti e para o Sr. Júlio Galveias, mas também para os massagistas, misters e comissão técnica do clube que estão sempre connosco e fazem muito por nós.