O ex-presidente da Câmara da Golegã José Veiga Maltez (PS), derrotado nas eleições de 26 de Setembro pelo movimento “2021éoAno”, disse que renunciou ao mandato porque se candidatou “a presidente e não a vereador”.
Veiga Maltez não quis adiantar à Lusa qualquer outro comentário, nomeadamente, sobre o resultado eleitoral que ditou a sua derrota e a vitória de António Camilo, que se candidatou à presidência da Câmara da Golegã pelo movimento “2021éoAno”, depois de presidir, durante dois mandatos, à junta de freguesia da Golegã, para a qual havia sido eleito pelo PS.
Nas eleições do passado dia 26 de Setembro, o movimento obteve 47,8% dos votos, conquistando três dos cinco lugares do executivo municipal, ficando o PS (43,1%) com os restantes dois.
Na noite das eleições, o ex-autarca escreveu nas redes sociais que dedicou “quase um quarto de século” a “lutar” para “elevar e dignificar” o concelho, declarando-se “tranquilo”.
Veiga Maltez, médico de profissão, 64 anos, presidiu à Câmara da Golegã entre 1997 e 2013, sendo que, neste último mandato (2009-2013) liderou um executivo “monocolor”, constituído unicamente por eleitos socialistas.
Nas autárquicas de 2013 não se pôde recandidatar devido à lei da limitação de mandatos, tendo sido eleito presidente da Assembleia Municipal pelo movimento GAP (Golegã-Azinhaga-Pombalinho).
Em 2017, voltou a candidatar-se à presidência da Câmara, conquistando a maioria absoluta ao obter 56,8% dos votos, a que corresponderam três dos cinco lugares do executivo municipal, que teve, ainda, um eleito da CDU e outro do Movimento Sangue Novo.