A visita relâmpago do Papa Francisco ao Santuário de Fátima no dia 05 de Agosto, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), faz lojistas da cidade anteciparem um comércio mais animado.

“Agosto é Agosto, com emigrantes e muitas pessoas de férias. Agora, com jovens. Todos querem um ‘souvenir’, uma recordação”, disse à agência Lusa Jacinta Vaz, ao lembrar que, tradicionalmente, esse mês leva muitos visitantes a Fátima.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, com o Papa Francisco, de 01 a 06 de Agosto. Francisco chega a Lisboa no dia 02 de Agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 05 para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

Esta é a segunda vez que o Papa Francisco está em Portugal. Na primeira, em Maio de 2017, presidiu à cerimónia de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, no Santuário de Fátima, quando passava o primeiro centenário dos acontecimentos na Cova da Iria.

Francisco é o quarto papa a deslocar-se a Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010), e o primeiro a fazê-lo em Agosto.

Jacinta Vaz, que trabalha numa praceta, afirmou que as “expectativas são positivas” e que Agosto vai ser bom. “Mês do emigrante e mais do Papa”, adiantou.

Esta funcionária destacou a panóplia de pessoas de diferentes nacionalidades que se cruzam na sua loja, destacando as do continente asiático (Filipinas, Coreia do Sul ou Tailândia).

Jacinta Vaz disse ainda acreditar que, embora possam ter menor poder de compra, serão os terços e as imagens, mais pequenas, com maior procura.

Lúcia Silva, outra lojista, corroborou que “se nota um acréscimo de peregrinos, muitos estrangeiros”, estes com maior poder de compra.

“O cliente de fim de semana tem pouco dinheiro. Vem fazer uma promessa, compra uma lembrança”, considerou, referindo-se ao peregrino português.

Explicando que a loja no Verão “tem de ter mais terços, mais velas, mais medalhas, mais imagens”, Lúcia Silva apontou as vantagens de os fornecedores de artigos religiosos ou regionais, também visíveis hoje de manhã junto de estabelecimentos, se deslocarem semanalmente, caso haja necessidade de repor artigos em falta.

Por estes dias, Fátima é uma cidade com mais movimento, à boleia de centenas de jovens que se deslocam ao santuário numa escala que tem como destino Lisboa, mas também ainda a viver os efeitos de uma pandemia que fechou e reabriu o mundo, destacou a funcionária de outro estabelecimento.

Nesta loja, onde, além de artigos religiosos, sobressaíam alfaias litúrgicas, a convicção era apenas uma: “Vai sempre animar o comércio”.

“As lojas vão vender sempre”, destacou a jovem, considerando, contudo, que a hotelaria e a restauração serão as áreas económicas mais beneficiadas por ocasião da JMJ.

No comércio, “serão os artigos religiosos mais pequenos que terão mais saída, por serem mais baratos, mas também mais fáceis de transportar”, adiantou.

Já noutro estabelecimento, a Lusa encontrou funcionárias a limpar o pó aos artigos religiosos, “porque há falta de clientes” e “falta de poder de compra”, criticando-se as limitações ao estacionamento, impossibilitando potenciais compradores de acederem aos espaços comerciais.

Um pouco por toda a Cova da Iria, onde a azáfama é muita por agora, multiplicavam-se viaturas nos espaços reservados a cargas e descargas de mercadorias, a abastecer cafés, restaurantes e outros estabelecimentos, assim como veículos afectos a serviços públicos, sobretudo de recolha de resíduos.

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