Muitos aficionados assistiram na passada sexta-feira ao colóquio promovido pela Tertúlia “Festa Brava”, levada a efeito na sede da Junta de Freguesia de Azambuja, tendo sido orador o empresário Dr. Luís Miguel Pombeiro, que dissertou sobre a sua experiência na gestão taurina à frente das praças de toiros do Campo Pequeno e de Azambuja. 

O orador referiu-se à importância do toiro e do forcado e disse que a gestão taurina é muito difícil e distinta de outros âmbitos, posto que no caso concreto da tauromaquia há sempre muitos imponderáveis, o que agrava o aspecto do risco inerente à actividade empresarial.

Abordando as circunstâncias excepcionais em que desempenha a gestão do Campo Pequeno, tendo pouca autonomia em relação ao respectivo calendário, acentuou a necessidade de os aficionados portugueses olharem para esta praça com outro sentimento, pois do sucesso da temporada lisboeta poderá resultar o engrandecimento da tauromaquia em Portugal, num tempo em que mobilização sectária contra a Festa Brava está tão activa.

Nesta conformidade, Luís Miguel Pombeiro referiu a aposta na captação de um público jovem, pelo que foram postos à venda cerca de 1.400 bilhetes a 12.50 euros, pois é importante responder à crítica de que o espectáculo taurino é apreciado sobretudo pelas pessoas do interior do país e mais idosas. A sua aposta no Campo Pequeno passa pela apresentação de cartéis importantes, com toureiros que despertem o interesse dos aficionados, mas não é desejável entrar em loucuras, pois a margem é muito estreita e o espectáculo taurino tem de se pagar a si mesmo, uma vez que é agravado pela incidência do IVA à taxa máxima e não tem qualquer apoio estatal, ao contrário de grande parte dos restantes espectáculos culturais.

Francisco Potier moderou um interessante debate, no qual intervieram alguns dos aficionados presentes, após o que o convívio prosseguiu durante um jantar servido na sede da Tertúlia “Festa Brava”, sita na Rua do Matadouro, em Azambuja.

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