O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou haver na Festa do Tabuleiros, em Tomar, componentes de história, tradição e juventude que justificam a candidatura a Património da Humanidade.
Na sua primeira visita, como presidente, à Festa dos Tabuleiros, em Tomar, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter sentido “história, tradição e juventude” no cortejo que considera ter “muito passado e muito futuro.
O presidente efectuou no domingo, 7 de Julho, uma visita surpresa ao último dia dos festejos, tendo participado na bênção dos 750 tabuleiros que desfilaram por várias ruas da cidade, após o que integrou também o cortejo que percorre, no total, cerca de cinco quilómetros.
Questionado pelos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou no final considerar justificada a candidatura desta festa a Património Imaterial da Humanidade.
A Festa dos Tabuleiros realiza-se de 4 em 4 anos no princípio de Julho, tendo como origens remotas as antigas festas das colheitas.
O cortejo de pares em que as mulheres carregam à cabeça um tabuleiro ornamentado de pão e flores é o ponto alto dos festejos marcados por várias intervenções culturais e recreativas, de que se destacam o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo e as ruas ornamentadas
O Tabuleiro é o símbolo da Festa dos Tabuleiros, devendo ter a altura da rapariga que o carrega. Ornamenta-se com flores de papel, verdura e espigas de trigo. É constituído por 30 pães de formato especial e 400 gramas cada, enfiados equitativamente em 5 ou 6 canas. Estas saem de um cesto de vime envolvido em pano bordado e são rematadas, no topo, por uma coroa encimada pela Cruz de Cristo ou Pomba do Espírito Santo.
A festa termina na segunda-feira, com a tradição de distribuição, aos mais necessitados, a carne, o pão e o vinho que foram benzidos no dia anterior – a Pêza.
Foto: David Branco