A Vila da Marmeleira viveu no sábado, 26 de Julho de 2025, um momento de profunda emoção e significado histórico com a inauguração do Memorial de Homenagem aos Combatentes naturais da freguesia que participaram na Guerra do Ultramar, entre 1961 e 1975. A cerimónia, marcada pelo tributo à memória, reuniu dezenas de pessoas e diversas entidades civis e militares, num gesto colectivo de reconhecimento e respeito.

A iniciativa presta homenagem a 61 naturais da Marmeleira que serviram em Angola, Guiné e Moçambique durante o conflito, perpetuando os seus nomes num memorial simbólico. Cada nome gravado representa uma história de coragem, sacrifício e dedicação ao serviço de Portugal. Com particular emoção, foi recordado o combatente José Inácio Ferreira, tombado em combate a 5 de Dezembro de 1968, cujo nome permanece agora inscrito na pedra e na memória da comunidade.

Na sessão solene, o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Filipe Santana Dias, sublinhou a importância da preservação da memória histórica como ferramenta de aprendizagem colectiva. “Quem não conhece a história está sujeito a repeti-la”, afirmou, enaltecendo o papel da Liga dos Combatentes na valorização da memória e no apoio aos antigos militares.

O Secretário-Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Faustino Hilário, marcou presença na cerimónia, onde, visivelmente emocionado, destacou a necessidade de perpetuar o reconhecimento da sociedade portuguesa pelos que serviram nas ex-colónias. “É nossa missão garantir que o seu exemplo e os valores da liberdade, da democracia e da soberania nacional sejam transmitidos às novas gerações”, referiu.

O evento contou ainda com a participação de representantes das autarquias da União de Freguesias de Marmeleira e Assentiz e dos Núcleos da Liga dos Combatentes de várias localidades, nomeadamente Leiria, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira, Alcobaça, Peniche e Rio Maior. Esta presença alargada espelhou o espírito de solidariedade e de camaradagem que continua a unir os antigos combatentes de norte a sul do país.

A cerimónia incluiu a entrega de réplicas do memorial às entidades convidadas, aos antigos combatentes e aos familiares presentes, num gesto simbólico de gratidão e reconhecimento. O encerramento fez-se com a formação de uma Porta de Honra, seguindo-se um convívio no Salão Nobre da Vila da Marmeleira, onde a comunidade se reuniu em ambiente de partilha e homenagem.

Este memorial, agora erguido em espaço público, não é apenas um testemunho do passado. Representa um compromisso com o futuro, um apelo à preservação da memória colectiva e à valorização dos que, com bravura, serviram o país. Ao homenagear os seus combatentes, a Vila da Marmeleira reafirma os valores de identidade, pertença e gratidão que definem uma comunidade unida em torno da sua história.

Leia também...

Professoras Búlgaras recebem diplomas do curso “Ensino de Tolerância, Diversidade e Cidadania” no Politécnico de Santarém

A Escola Superior de Educação, do Politécnico de Santarém, recebeu entre os dias 29 de Janeiro e 4 de Fevereiro, treze professoras que participaram…

Mais de mil jovens já pernoitaram na Aldeia montada pelo Santuário de Fátima

 A Aldeia Jovem, espaço criado pelo Santuário de Fátima para acolher peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de passagem pela Cova da Iria,…

GNR apreende aparelho detetor de radar em Torres Novas

A Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu, no dia 24 de Junho, um aparelho detetor de radar que se encontrava instalado num veículo, no concelho…

Atleta vitoriano sagra-se vice-campeão nacional de jiu-jitsu

É mais um feito de monta para o desporto do concelho de Santarém: Luís Ramos, atleta da Academia Jiu-Jitsu by Juca / Vitória Clube…