O Ministério da Educação reúne-se esta terça-feira, 7 de Abril, com os vários representantes da comunidade escolar para discutir como será o terceiro período de aulas numa época de contenção da disseminação do novo coronavírus.

Da parte da manhã, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, acompanha o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na reunião que decorre na sede do Infarmed relativa à situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, na qual participam também, da área da educação, representantes do Conselho Nacional de Educação e do Conselho de Escolas, dois órgãos consultivos do Ministério da Educação, adiantou a tutela numa nota.

À tarde, Brandão Rodrigues ausculta por videoconferência estes dois órgãos consultivos, assim como as duas associações representativas dos directores escolares, a Associação Nacional de Directores Escolares (ANDE) e a Associação Nacional de Dirigentes de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) e a Associação Nacional das Escolas Profissionais (ANESPO).

Para a maioria dos alunos do ensino básico e secundário, o terceiro período começa na próxima segunda-feira e o Governo avalia na quinta-feira de vai manter as com aulas à distância, tal como aconteceu nas duas últimas semanas antes das férias da Páscoa.

Desde 16 de Março que todas as escolas, desde creches a universidades e institutos politécnicos, estão encerradas. O Governo decidiu que as aulas continuavam, mas seriam feitas à distância para os cerca de dois milhões de alunos que estavam em casa, como forma de conter a disseminação do novo coronavírus que já infectou mais de 11 mil pessoas em Portugal.

Nas duas semanas antes das férias, a maioria dos professores do ensino básico e secundário aventurou-se a dar aulas recorrendo a plataformas de ‘e-learning’ ou enviando trabalhos por ‘email’. Mas foi também nessas semanas que o país voltou a olhar para os alunos mais desfavorecidos: estima-se que cerca de 50 mil estudantes não têm Internet nem equipamentos para conseguir acompanhar as aulas a partir de casa.

O Ministério da Educação fez entretanto uma parceria com a RTP para começar a transmitir no 3.º período conteúdos programáticos dirigidos aos alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade, sendo desconhecidos os contornos da iniciativa. No entanto, existem outros problemas por resolver e é também por isso que serão ouvidos os parceiros do ME.

A tutela tem de decidir se mantém as provas de aferição dos 2.º, 5.º e 8.º anos assim como se se vão realizar os exames nacionais do 9.º ano e os exames do 11.º e 12.ºanos, que servem de acesso ao ensino superior. Depois é preciso decidir até quando se deverá manter o ensino à distância e de que forma será feita a avaliação neste terceiro período.

Em Itália, por exemplo, o Governo decidiu que todos os alunos passavam para o ano seguinte, e em França não haverá provas nacionais.

Em declarações à Lusa os presidentes das duas associações de directores escolares – Manuel Pereira (ANDE) e Filinto Lima (ANDAEP) – entendem que não se devem copiar soluções aplicadas lá fora, porque se trata de realidades escolares diferentes.

Leia também...

Docentes e não docentes da EPVT realizam formação no estrangeiro

Vários colaboradores da Escola Profissional do Vale do Tejo (EPVT), docentes e…

Professor José Pacheco dá conferência em Santarém

Ciclo de conversas promovido pela Comunidade de Aprendizagem da Lezíria

Valorização da profissão de professor abre jornadas concelhias de Salvaterra de Magos

Uma acção de valorização da profissão de professor, realizada nas escolas do…

ISLA com programa ambicioso para assinalar os seus 40 anos de Ensino de Excelência

O ISLA Santarém assinala este ano quatro décadas de ensino de excelência,…