Os motoristas da rodoviárias do Oeste, Lis e Tejo voltam a entrar em greve entre as 03:00 de 3 de Janeiro e as 03:00 de 5 de Janeiro.
O protesto dos trabalhadores da empresa prende-se com os horários de trabalho, aumentos salariais e as “situações discriminatórias” relativas a diferenças laborais e salariais entre trabalhadores, por serem abrangidos por duas convenções de trabalho diferentes.
Em comunicado a empresa já pediu desculpa aos utentes pelo incomodo que possa vir a ser causado no serviço. As perturbações devido à greve devem abranger os concelhos de Abrantes, Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Cartaxo, Chamusca, Constância, Ferreira do Zêzere, Golegã, Entroncamento, Mação, Rio Maior, Santarém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
Recorde-se que esta é a segunda greve convocada pelos funcionários da empresa em menos de dois meses.
Manuel Castelão, da Federação Nacional das Comunicações e Transportes (FECTRANS), salientou que na greve anterior os trabalhadores foram recebidos pela empresa para uma reunião, mas não foi assumido pela entidade patronal “qualquer compromisso” de actualização salarial, voltando a dizer que “qualquer actualização salarial teria de ser feita no âmbito da negociação com a acção patronal do sector”.
“Nesse contexto, foi isso que nós transmitimos aos trabalhadores e os trabalhadores decidiram avançar com nova paralisação para os dias 03 e 04 de Janeiro e também com a recusa ao trabalho em dia de folga a partir da próxima semana”, avançou.
As três transportadoras pertencem ao grupo Barraqueiro e à Transdev (49% de participação cada uma, com os outros 2% a pertencerem à empresa-mãe Rodoviária do Tejo), explicou.