Os Municípios com Atividade Taurina exigem ao Governo que os espectáculos tauromáquicos tenham tratamento igual ao das outras actividades culturais, de modo a minimizar os prejuízos causados aos profissionais do sector pela pandemia da covid-19.

“É necessário que os espectáculos tauromáquicos tenham o mesmo tratamento que as outras actividades culturais que já retomaram a sua actividade”, realçaram as autarquias em comunicado.

A nota surge depois de o Governo ter aprovado na quinta-feira, em Conselho de Ministros, a reabertura das praças de touros e a retoma dos espectáculos tauromáquicos a partir de 01 de Julho.

De acordo com os municípios, é urgente a correcção das medidas “discriminatórias” publicadas para o sector, nomeadamente no que se refere ao número de lugares e filas condicionadas e ao ajustamento de mesmas em função da capacidade de cada praça de touros, considerando que cada recinto tauromáquico é um equipamento único.

“Especificidades técnicas relativamente aos acessos, à dimensão e lotação, bem como à própria implantação desses recintos ao ar livre na respectiva malha urbana, fazem de cada praça um equipamento único que deverá, por isso, ser alvo de análise caso a caso”, referiram.

Alertando para a aprovação de medidas justas por parte do Governo e da Direção-Geral da Saúde (DGS), as autarquias reforçaram que não aceitam a “discriminação negativa” dada ao sector tauromáquico.

Segundo a Secção dos Municípios com Atividade Taurina, não é admissível que se criem dificuldades acrescidas ao regresso dos eventos, recordando que o contexto pandémico provocou um “forte impacto negativo” no sector.

“Os Municípios com Atividade Taurina solicitam ao Governo e à DGS a aprovação de medidas justas para o funcionamento dos espectáculos tauromáquicos, por forma a repor a necessária equidade na promoção e no acesso às actividades culturais e a minimizar os prejuízos causados aos profissionais do sector pela pandemia da covid-19”, pode ler-se no comunicado.

Em 01 de Junho, a ProToiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia alertou para os impactos que a pandemia de covid-19 estava a causar no sector, com o cancelamento de cerca de 70 espectáculos, num prejuízo de quase cinco milhões de euros.

“A maior parte dos espectáculos tauromáquicos não é recuperável. Estamos a falar de cerca de 70 espectáculos cancelados até agora e de cerca de cinco milhões de euros de prejuízo só de receita, sem tirar todos os custos directos e indirectos do sector”, dizia à agência Lusa o secretário-geral da ProToiro, Hélder Milheiro, na ocasião.

De acordo com o dirigente, por inevitabilidade da pandemia da covid-19, o sector está a sofrer um impacto interno económico e financeiro “muito drástico”, porque “há pessoas em situações muito críticas”, pelo facto de a actividade estar parada.

“A sazonalidade da tauromaquia – entre Março e Outubro – faz com que, se estes artistas não têm receitas nestes meses, ficarão completamente sem receitas até ao ano que vem. Não trabalhando nestes meses, é uma perda irrecuperável”, observou, na altura.

Leia também...

Coruche com festa entre hoje e dia 18 de Agosto em honra da padroeira N. Sra. do Castelo

As festas de Coruche, em Honra de N. Sra. do Castelo, arrancam hoje e duram até ao próximo dia 18 de Agosto. Entre hoje,…

União de Santarém soma mais um ponto na luta pela manutenção

A União Desportiva de Santarém (UDS) empatou a três frente à equipa do SC Caldas, no Campo Chã das Padeiras, em Santarém, em jogo…

Brisa antecipa final das obras na Ponte da Lezíria

A Brisa conclui amanhã, sábado, dia 11 de Agosto, as obras para alteração das juntas de dilatação da ponte da Lezíria, na A10 –Auto…

Movimento contesta subsídio de 25 mil euros da Câmara de Santarém para touradas

O Movimento Santarém Sem Touradas considerou “triste” a decisão do executivo municipal de atribuir 25 mil euros para apoiar três corridas de toiros na…