Samuel Matos, natural de Almeirim, 27 anos de idade, é músico e professor de clarinete. Começou no mundo da música na Banda Marcial de Almeirim levado pelo pai, também ele músico. O gosto foi crescendo de tal forma que hoje é professor em várias escolas e colabora em várias Bandas Filarmónicas e grupos musicais.

Como é que começa a aventura no mundo da música? A aventura no mundo da música começa em 2001, através do meu pai que era músico na Banda Marcial de Almeirim e que me incentivou a ter aulas de música na colectividade.

Tem uma licenciatura em música. Porque é que escolheu esta formação? À medida que o tempo foi passando, o meu interesse pela Música foi crescendo e, na altura de tomar a decisão acerca do meu futuro profissional, optei por seguir a minha paixão. Continuo a investir na minha formação, sendo que actualmente me encontro a terminar o Mestrado em Ensino de Música na Universidade de Évora.

A Banda Marcial de Almeirim é a grande responsável por querer seguir o sonho de ser músico profissional? O grande responsável por eu querer seguir a carreira musical foi o maestro/professor António Simões Ribeiro, que na altura era o responsável pela Escola de Música da Banda Marcial de Almeirim.

Porquê o clarinete e não outro instrumento? Para ser sincero, o clarinete foi uma escolha orientada pelo professor António Simões Ribeiro, pois achava que este seria o instrumento indicado para mim.

Sonha ser maestro um dia? De momento, essa não é uma das metas que a curto prazo tenham por mim sido estabelecidas, mas o enriquecimento profissional pode assumir uma infinidade de opções, todas elas igualmente válidas. Desse modo, apenas poderei dizer que essa opção, no momento presente, não está contemplada nos meus projectos. O caminho constrói-se diariamente e valorizo todas as oportunidades que futuramente se apresentem.

Quais são as suas referências musicais? As minhas referências musicais são os meus professores, nomeadamente o professor António Simões Ribeiro, o professor Nuno Silva e o professor Luís Gomes pois ensinaram-me a ver, pensar e estar na Música.

Acha que ainda há muito para se fazer na música?Claro que sim. Na música, não se alcança a perfeição. É um trabalho diário e exigente que envolve muita persistência, sendo que estamos sempre em evolução contínua.

Quais são os projectos em que participa actualmente? Actualmente sou professor do Conservatório de Música de Cascais, assim como das Escolas de Música da Sociedade Instrução Coruchense e Sociedade Lírica Moitense. Tenho colaborado com diversas Orquestras e Agrupamentos enquanto freelancer, sendo também um dos fundadores do Grupo “Charanga Os Batatas”.

Como é que vê o panorama musical em Almeirim? Actualmente, o panorama musical em Almeirim traduz-se na crescente diversidade de espectáculos desenvolvidos pela Câmara Municipal, que abrange diversas faixas etárias, o que revela uma aposta do município em proporcionar espectáculos de qualidade para a população.

Acha que a cidade aposta na cultura e nos jovens da terra? Sim. Almeirim oferece uma grande diversidade de espectáculos culturais e para todos os públicos, investindo cada vez mais nas camadas jovens.

Qual é a vertente da música que mais gosta? E a que menos aprecia?A que mais gosto é música sinfónica. Não posso referir uma vertente que menos aprecio porque todos os estilos de música são válidos e existe público para todos.

Quais são os seus hobbies favoritos? Ouvir música, como é expectável. Mas também ver filmes, conviver com os meus amigos e viajar.

Qual é para si uma viagem de sonho? Veneza.

Se pudesse alterar um facto na história, qual seria? Nenhum, sendo passado é necessário respeitá-lo porque nos tornou o que somos hoje. Se alterássemos um facto da história, certamente seríamos outro tipo de sociedade.

Se pudesse participar num filme, qual escolhia? “Le concert”.

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