Foto de arquivo
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A Nobre mostrou-se disponível para prosseguir com as reuniões negociais, sublinhando estar atenda às necessidades dos colaboradores, após ter sido agendada uma greve na unidade de Rio Maior para 19 de março.

“Estamos sempre atentos às necessidades dos nossos colaboradores e da empresa e realizamos reuniões frequentes com os sindicatos para discuti-las, de forma positiva e transparente”, garantiu a Nobre, em resposta à Lusa.

A empresa assegurou ainda continuar disponível para prosseguir com as reuniões regulares com os representantes dos trabalhadores.

Os trabalhadores da unidade de Rio Maior da Nobre Alimentação vão estar em greve no dia 19 de março, uma decisão tomada por unanimidade, face ao que classificam como “irredutibilidade” da administração em negociar o caderno reivindicativo.

“O SINTAB [Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal] remeteu, na passada semana, às entidades interessadas, o pré-aviso de greve dos trabalhadores da Nobre Alimentação para o dia 19 de março de 2024, na unidade de Rio Maior, durante todo o dia”, avançou, na terça-feira, em comunicado.

De acordo com a estrutura sindical, a decisão de avançar para a greve foi tomada “em unanimidade” pelos mais de 300 trabalhadores que se reuniram, em plenários, no dia 28 de fevereiro.

Os trabalhadores vão protestar contra a “inexplicável irredutibilidade” da administração da Nobre em negociar o caderno reivindicativo.

Entre as reivindicações está um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição e de trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, o direito a 25 dias de férias, bem como o fim do recurso à contratação precária.

O sindicato acusou a administração de ter desconsiderado, na última reunião, todas as reivindicações para a melhoria dos rendimentos dos trabalhadores.

A administração manteve “apenas sugestões de possibilidade de intervenção nas condições dos balneários e da cantina”, sem efetivar prazos ou valores de investimento, apontou o SINTAB.

“A administração escuda-se num relatório interno de gestão de menor incremento do volume de negócios, mas sem nunca referir os resultados líquidos, já que esses são altamente positivos e deveriam ter reflexo nos salários”, lamentou.

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