Foto de arquivo
Foto de arquivo

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou hoje “desafiador” o ano pastoral que está a iniciar-se, marcado pela Jornada da Juventude, nova fase do sínodo dos bispos e conclusão do relatório sobre os abusos sexuais na Igreja.

Sobre o relatório que a Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, está a finalizar e que deve ser apresentado publicamente em 31 de janeiro, José Ornelas disse esperar que permita “conhecer a verdade de um passado doloroso, antes de mais para as vítimas de tais abusos, que a todos fere e envergonha”.

Segundo o prelado, que falava na abertura da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, em Fátima, o relatório será um “instrumento fundamental” no caminho “de definição e implementação de estratégias para mitigar a reincidência dos abusos, em complementaridade com os passos já dados pelas Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis e pela Equipa de Coordenação Nacional destas comissões”.

Sobre o processo sinodal, José Ornelas sublinhou a importância da fase continental em curso, cujo documento de trabalho sintetiza, principalmente, os relatórios das diferentes conferências episcopais e que “iniciará novo processo de discernimento diocesano (…) à luz de três grandes interrogações propostas: a vida em Igreja, os desafios que ela comporta e as prioridades de ação que devem ser implementadas, tendo em vista a preparação das duas Assembleias Sinodais que terão lugar em Roma nos meses de outubro de 2023 e 2024”.

“Este documento continental não é Magistério da Igreja nem inquérito sociológico. O Sínodo não é um parlamento nem sondagem de opiniões. É um acontecimento eclesial que precisa de todos. Por isso, é necessário que todos se interessem e se envolvam”, apelou o também bispo de Leiria-Fátima.

Sobre a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023), José Ornelas é perentório a afirmar que “não se dirige apenas aos cristãos, mas pretende envolver e contar com a colaboração ativa de quantos se sentem motivados a juntar-se, na variedade das opções religiosas e sociais, para sonhar e lutar por um mundo mais humano para todos, onde as diferenças sejam respeitadas e não constituam motivo de segregação, de conflitos e de guerras”.

“Desejamos, antes, que possa afirmar-se no compromisso de cuidar desta terra, dom de Deus e casa comum da humanidade e dos que nela habitam, para que a ninguém falte a liberdade e os meios essenciais para uma vida digna, na justiça e na paz”, afirmou o presidente da CEP.

A Assembleia Plenária da CEP, que hoje começou em Fátima termina na quinta-feira e, na agenda de trabalhos estão, além da questão dos abusos sexuais de menores no seio da Igreja, temas orientações para a formação sacerdotal, a preparação da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 ou o Sínodo 2021-2024, nomeadamente a participação na chamada “etapa continental”, bem como o orçamento da CEP para 2023 e informações e propostas das diferentes comissões episcopais.

Leia também...

Patrícia Fonseca eleita presidente da Distrital de Santarém do CDS-PP

A deputada centrista Patrícia Fonseca, 46 anos, foi ontem eleita presidente da Distrital de Santarém do CDS-PP, substituindo no cargo José Vasco Matafome, que…

Obra de 8,4 milhões de euros no IC2, entre Rio Maior e Alcobaça, arranca sábado

A beneficiação do Itinerário Complementar (IC) 2, entre Asseiceira e Freires arranca no sábado e vai obrigar ao condicionamento do trânsito na via ,…

impacto da Inteligência Artificial é tema central do Festival de Filosofia de Abrantes

O impacto da Inteligência Artificial (IA) na organização do trabalho e no primado do pensamento humano é o tema central do Festival de Filosofia…

Inscrições abertas para prova “Trilhos Ribeirinhos do Almourol”

Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha em conjunto com o Regimento de Engenharia N.º 1 vão organizar no próximo dia 7 de Julho,…