A autarquia escalabitana pretende criar uma rede de entidades públicas, privadas, associativas, de artistas e de agentes culturais que contribuam para a afirmação e sustentabilidade de Santarém como espaço de Cultura.

O objectivo é estimular e promover a interacção entre os agentes culturais e os agentes económicos, “de modo a afirmar Santarém como espaço de cultura e artes, num trabalho em rede entre as várias instituições e agentes (artísticos, culturais, desportivos, educativos)”, promovendo a complementaridade e a interacção e fortalecendo a atractividade turística da cidade.

A par deste trabalho conjunto com os agentes culturais da cidade, ao nível das vilas, pretende-se materializar uma intervenção cultural centrada nas seis Vilas do concelho de Santarém: Alcanede, Amiais de Baixo, Tremês, Pernes, Alcanhões e Vale de Santarém, a que a freguesia de Abrã também se associou, num trabalho experimental e mesmo “piloto” que ao longo deste ano vai ser pautado por cinco ciclos de programação, de que se destaca, para já: “Março – Mês do Teatro”.

A programação cultural de Santarém vai dedicar o mês de Março ao teatro, com destaque para “O Punho”, da Escola de Mulheres, num “novo ciclo” de programação apresentado na passada quinta-feira, dia 03, que inclui um concerto de Luísa Sobral.
A cantora e compositora dará um espectáculo no próximo dia 12, no Teatro Sá da Bandeira (TSB), no âmbito do Festival Montepio “Às vezes o Amor”.

A programação de Santarém para o primeiro trimestre do ano dá destaque ao teatro, com uma dezena de espectáculos agendados e o TSB a receber peças como “O Punho”, da Escola de Mulheres” (04 de Março, TSB), integrado nas comemorações do centenário de Bernardo Santareno.

Na programação apresentada no TSB pelo vereador com o pelouro da Cultura, Nuno Domingos, as associações culturais do concelho e o responsável pela programação do teatro municipal, João Aidos, foi destacado o objectivo de afirmar a cultura do concelho com um trabalho em rede entre as várias instituições e agentes (artísticos, culturais, desportivos, educativos), promovendo a complementaridade e a interacção e fortalecendo a “atractividade turística da cidade”.

Na programação para o primeiro trimestre, o TSB receberá ainda “Museu da Existência”, de Fernando Giestas e Rafaela Santos, com interpretação de Ricardo Vaz Trindade (18 e 19 de Fevereiro), o espectáculo de dança “DEN.TRO”, de Maria Fonseca (26 de Fevereiro), e um concerto do músico Pedro Mafama (12 de Março).

Nuno Domingos salientou que a programação de Março dedicada ao teatro, em celebração do Dia Mundial do Teatro, prossegue com um ‘stand up’ “revisteiro”, “Coisinha Sexy”, por Paulo Patrício, no dia 05, na Casa do Povo de Amiais de Baixo, e no dia 19 na Associação Recreativa e Cultural de Abrã.

No mesmo dia, o Centro Dramático Bernardo Santareno levará à Sociedade Recreativa Operária, no Vale de Santarém, “Amor de Lorca”. O Veto Teatro Oficina apresenta, no dia 12 na Associação Recreativa e Cultural de Alcanede e no dia 26 no Teatro Taborda do Círculo Cultural Scalabitano, a comédia “De médico e de louco…”, e, no dia 18, na Ribacoop, em Tremês, o seu espectáculo “Palhaços”.

A associação Aqui Há Gato apresenta o espectáculo de teatro de formas animadas “Tejo por um Fio” na Casa das Colectividades, em Alcanhões, em 18 de Março, dia em que a Red Cloud Teatro de Marionetas leva ao TSB “A menina que vendia fósforos”. Já em 19, o Grupo Cénico da Música Nova leva a peça de teatro de revista “Viva o Teatro” à Sociedade Musical União Pernense.

O TSB acolhe, em 05 e 06 de Março, a Oficina Portátil das Artes, um projecto multidisciplinar concebido pela Sons da Lusofonia, e, nos dias 27 e 28, a criação “As estrelas que hoje vemos já morreram há cem anos”, de Diana Narciso e Rita Delgado.
Nuno Domingos, vereador socialista que assumiu pelouros no executivo de maioria social-democrata, salientou que a programação cultural apresentada para os primeiros meses do ano constitui um dos seis eixos que vão marcar a governação municipal para esta área.

Além do reforço das parcerias – com a Artemrede, redes intermunicipais e nacionais de teatros, bibliotecas, museus, arquivos, e outras -, o vereador salientou a “consolidação da vocação” dos diferentes espaços culturais da cidade, anunciando o fim do uso do Convento de S. Francisco como “sala de festas”.

A articulação com os espaços culturais não municipais foi exemplificada com a apresentação simultânea da programação do município e das várias associações culturais – Sociedade Recreativa Operária, Círculo Cultural Scalabitano, Cineclube de Santarém, Centro Cultural Regional de Santarém e Conservatório de Música de Santarém.

Além dos espectáculos agendados para a principal sala da cidade, o TSB, que acolherá ainda várias iniciativas do projecto de mediação cultural e formação de públicos do Santarém Cultura “Escala”, o município divulgou a programação da Biblioteca Municipal e da Sala de Leitura Bernardo Santareno e da Casa do Brasil, a qual, a partir de 09 de Março, passará a ter em permanência no piso térreo, a exposição “Chão de Duas Pátrias”, sobre o “lugar de Santarém no contexto da expansão ultramarina e da diáspora”.

Nuno Domingos realçou, além da programação nos espaços culturais da cidade, a preocupação de “materializar uma intervenção cultural centrada nas seis vilas do concelho” – Alcanede, Amiais de Baixo, Tremês, Pernes, Alcanhões e Vale de Santarém, a que se juntou a freguesia de Abrã -, iniciando “um trabalho experimental e mesmo ‘piloto’”, sendo “Março – mês do teatro” o primeiro de cinco ciclos previstos.

Para marcar este “novo ciclo” da programação cultural do concelho, o município apresentou a nova imagem do Santarém Cultura, que usa a figura do concelho em mosaico colorido, “vincando a ideia de território” e a diversidade, salientou o artista plástico Carlos Amado.

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