Nuno Graça é sócio-gerente da ‘Loja das Tradições’ em Santarém. O jovem empresário decidiu abrir o negócio no Centro Histórico por não existir na cidade um espaço de produtos tradicionais portugueses, premiados, gourmet e com garrafeira. Nuno considera que o Centro Histórico, nomeadamente o ‘Largo do Seminário’, é “uma das bandeiras de Santarém” e que está em crescimento.

Como surgiu a Loja das Tradições?
A Loja das Tradições surge num momento de oportunidade e de um negócio que praticamente não existia em Santarém. A cidade não tinha um espaço com os produtos tradicionais portugueses, produtos premiados, gourmet, como temos na nossa primeira loja. Depois do sucesso nessa primeira loja decidimos abrir uma outra oportunidade, a nova loja com a garrafeira.

O que é que os clientes podem encontrar no estabelecimento que seja diferenciador em Santarém?
No nosso espaço tentamos colocar qualidade e produtos de referência, não queremos ser os mais baratos mas queremos ter principalmente a qualidade.

Qual foi a razão para escolher o Centro Histórico, mais concretamente a Praça Sá da Bandeira?
Julgo ser a ‘bandeira’ ou uma das ‘bandeiras’ de Santarém. Quem vem à cidade de Santarém, inevitavelmente, vem ao ‘Largo do Seminário’. O facto de possuirmos uma excelente esplanada na Praça Sá da Bandeira é também um factor positivo para os clientes visitarem o nosso espaço.

Como é que avalia a evolução do Centro Histórico de Santarém?
Avalio com altos e baixos, por vezes mais baixos, mas julgo que o Centro Histórico está neste momento em início ascendente, pois julgo que já bateu no fundo.

É importante para o comércio local existirem eventos culturais, como por exemplo o In.Santarém, para dinamizar a zona?
Sim, muito. As lojas abertas até às 23h00, as estátuas vivas, a música ao longo das ruas do Centro Histórico foi algo sempre muito bom para o comércio local.

O que pode ser ainda feito para atrair clientes à cidade?
O que sempre foi falado, o Turismo. Faltam acordos com agências de viagens, falta uma boa estratégica para a paragem dos autocarros, mas principalmente um mapa/guia/oferta com um circuito dentro de Santarém, com os espaços atractivos e em funcionamento. Mas falta também às pessoas de Santarém gostarem ainda mais da Cidade. Santarém é fantástica e essa é a palavra que mais ouvimos das pessoas que nos visitam.

Qual foi o impacto da pandemia na Loja das Tradições?
O tempo que estivemos fechados teve um enorme impacto. Tivemos de pagar a renda das duas lojas e as contas normais com o Estado, segurança social, finanças, etc… Mas desde que reabrimos e até ao dia de hoje não notámos muita diferença, porque consideramos que as pessoas precisam de conviver e precisam de consumir.

Que novas formas de venda foram encontradas para dar a volta à crise instalada?
Encontramos essa solução nas vendas online, nas entregas em casa e em estar sempre em contacto com os clientes, nem que fosse só para mandar uma mensagem mesmo que nada tivesse a ver com o negócio.

Tem mais algum projecto em mente para o futuro?
Muitos! Mas por enquanto estão no segredo dos deuses. Já tivemos propostas para abrir o conceito da “Loja das Tradições” noutras cidades do País.

Um título para o livro da sua vida?
“Vão se ver aflitos para perder connosco”.

Música?
Foo Figthers.

Viagem?
De sonho, Maldivas.

Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?
Alterava, para já, esta era da Covid-19. Outra era a oportunidade de o Sporting CP ter feito melhores escolhas.

Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria?
De comédia claro, mas com Bruce Willis e Robert de Niro.

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