Ter público, boas acessibilidades, lojas âncora, argumentos comerciais fortes e boa localização explicam o sucesso do Centro Comercial W Shopping que completa, no próximo dia 28 de Outubro, 16 anos de implementação na cidade. A este propósito, o Correio do Ribatejo esteve à conversa com Rui Rosa, director deste Centro, que assume a responsabilidade empresarial e social de uma perspectiva estratégica, importante para as relações com os clientes e para a capacidade de inovação. Para Rui Rosa, este Shopping teve uma integração harmoniosa devido às políticas que foram seguidas, assentes na ideia de fazer deste Centro Comercial um espaço aberto à cidade: “é assim que queremos caminhar; fazendo parte do quotidiano de Santarém, e fazendo esse caminho de mãos dadas com todas as associações e instituições de Santarém”, garante nesta entrevista.
Que balanço faz destes 16 anos de presença do W Shopping em Santarém?
Continuam a ser 16 anos extremamente positivos, muito consolidados e de caminho feito em conjunto com a cidade e com a região. É um projecto de referência, no qual temos mantido o equilíbrio e alcançado o estatuto de ser parte integrante do quotidiano desta cidade.
Como está a correr o ano de 2019? Os objectivos estão a ser alcançados?
Os objectivos definidos estão claramente a ser alcançados: abrimos recentemente uma loja de brinquedos com cerca de 300m2, e temos mais duas ou três propostas em ‘pipeline’. Em termos de tráfego, os números estão alinhados com sinais de crescimento e, em termos de vendas, verifica-se, igualmente uma tendência de crescimento.
Vamos fechar o ano com cerca de 3 milhões de visitantes, numa cidade com cerca de 30.000 habitantes, são números impressionantes e que mostram que este projecto está muito bem consolidado na região onde está inserido.
Que programa está definido para as comemorações dos 16 anos do W Shopping?
O W Shopping assinala o seu 16.º Aniversário no dia 28 de Outubro, segunda-feira. Vamos cantar, nesse dia, os parabéns ao Centro e fazer o corte do bolo e o brinde à cidade ao som do saxofone de Pedro Santos Rosa, o que é já uma tradição do Shopping. Vamos ter também, durante o próximo fim-de-semana, actividades com o Círculo Cultural Scalabitano (CCS) para crianças, com teatro, palhaços e pinturas faciais. No sábado à noite, dia 26, teremos um espectáculo de ‘stand up comedy’ com o conhecido humorista Eduardo Madeira, que é uma referência nacional.
Que análise faz à evolução poder de compra? Estamos melhores ou piores do que há uns anos?
Pelos sinais que temos em termos de vendas, acredito que existiu uma evolução positiva nesse indicador. Assumimos o projecto em 2011 e, desde então temos registado crescimento de vendas, sendo que em 2019 perspectivamos manter esse crescimento, indicativo da clara consolidação do projecto, alinhada com a tendência que registamos desde que assumimos a gestão.
Que estratégias estão definidas pela administração para 2020? Quais as inovações previstas?
No ano de 2020, perspectivamos algum investimento, nomeadamente em termos de melhorias no interior do Centro, nas ‘sitting areas’ e espaços infantis. O projecto passa por remodelar os playgrounds infantis e fazer investimentos nas “zonas de estar” e lazer. Somos um Centro que se afirma, sobre o ponto de vista comercial e cada vez mais, como um espaço de encontro, de lazer e de família.
O que é que as pessoas valorizam e quais são as maiores preocupações dos clientes do espaço?
A localização é um dos factores fundamentais, depois as marcas que integrámos, a segurança e o conforto.
A questão das marcas é importante – marcas e produtos que as pessoas procuram, e isto faz com que tenhamos um padrão de oferta muito interessante, com um mix que responde às principais necessidades da Cidade e da Região.
É pois importante manter o padrão de marcas que responde às exigências de um público que é cada vez mais exigente. Uma capital de distrito tem que ter a presença dessas grandes marcas e isto faz-me sempre ponderar os critérios de integração de novos conceitos e procurar marcas de referência para dignificar e continuar com este trabalho de elevar o “mix” do Centro.
Houve necessidade do Centro se adaptar de alguma forma a uma nova realidade com o passar destes 16 anos?
Acompanhamos as tendências do País, procurando adaptá-las à nossa realidade, num Centro com 12.500 m2 de ABL [área bruta locável] e, para uma cidade com 30.000 habitantes. Considero que o projecto está ajustado à cidade de Santarém, e fazemos questão de criar dinâmicas que vão ao encontro daquilo que a cidade procura, das suas necessidades, de uma forma ponderada e equilibrada.
O WS tem feito a diferença também em termos de apoio social e cultural. Esta dinâmica é para manter?
Sim, claramente. Acredito que esse é o caminho: estarmos envolvidos com as forças vivas desta cidade, apoiando a cultura, o desporto, a solidariedade. Há projectos que me são muito queridos entre outros, por exemplo, o Círculo Cultural Scalabitano, o Rugby Clube de Santarém, a Académica de Santarém, a APPACDM. Faz todo o sentido continuar a apoiar estes projectos: no Aniversário teremos uma oferta local, com o Veto Teatro Oficina e Palhaços do Círculo Cultural Scalabitano, com as pinturas para as crianças, e vamos ter, em paralelo, o humorista Eduardo Madeira.
No âmbito da parceria que temos com a ASPA – Associação Scalabitana de Protecção Animal, irá realizar-se uma campanha de sensibilização e angariação de sócios. É uma associação que precisa bastante.
Iniciámos hoje [segunda-feira, dia 21] uma exposição em parceria com o Hospital Distrital de Santarém.
E é assim que queremos caminhar, fazendo parte do quotidiano desta cidade, sempre de mãos dadas com todas estas associações e instituições. Na minha perspectiva este intercâmbio constante é fundamental. É um reconhecimento para nós, por parte da cidade e das suas forças. As parcerias têm sido múltiplas, desde a Associação de Futebol de Santarém, ao Rugby, a Scalabis Night Race, que mais uma vez, vamos patrocinar. São eventos que se destacam e que são a clarividência da forma como temos de gerir e de estar nesta cidade. Perfeitamente integrados. Nunca viramos as costas à cidade. Somos parte integrante dela. Somos parceiros da cidade em todas as vertentes.
Estamos em vésperas do Natal, o que está pensado para trazer pessoas ao Centro?
O programa ainda não está totalmente fechado, mas posso adiantar que vamos ter, como habitualmente, muitas actividades durante a quadra Natalícia. A magia estará presente, essencialmente com o foco nas crianças e famílias
Como é o dia de trabalho de um Gestor de um Centro Comercial?
O meu dia começa bem cedo, por volta das 6h30, chegando ao escritório por volta das 8h00, começo com a leitura de relatórios, jornais, leitura do Diário da República electrónico, que é uma particularidade que tenho já há muito tempo. Entre reuniões com lojistas, fornecedores, colaboradores internos há todo um trabalho que é preciso acompanhar diariamente: operação do Centro, marketing, gestão patrimonial, rentabilidade do projecto, contratos, performance de lojas, performance do próprio Centro, entre outros. No fundo, é sentir o pulsar do Centro.
Qual é a marca de gestão que o Rui Rosa quer deixar no Centro?
Quero – e o trabalho que tenho desenvolvido vai nesse sentido – afirmar que um Centro Comercial pode ser diferente, ter um papel diferenciador na comunidade e que para além da natureza comercial para o qual foi criado, e que nos distingue, ele pode fazer parte da vida das pessoas através da dinamização de um conjunto de atividades. Para mim, um Centro Comercial é mais do que um conjunto de lojas. É um espaço de encontro, um espaço de lazer e de família. É um local de encontro de gerações, que acolhe a solidariedade e apoia o desporto e a cultura. Tenho procurado, na minha gestão, multiplicar esta visão. Este caminhar de mãos dadas com a cidade tem sido a nossa assinatura e a nossa aposta e continuaremos a abraçar a Região de Santarém, e as nossas Gentes, com o mesmo empenho e orgulho de sempre.
E a sua ligação pessoal com a cidade? Como olha para a sua dinâmica?
Santarém tem muita qualidade de vida. Conheço outras realidades e posso estabelecer este comparativo. Acompanho outros projectos do norte ao sul do país. Santarém tem uma excelente localização, boa oferta gastronómica, boas gentes e tenho consolidado aqui muitos amigos. Santarém é uma cidade com características muito próprias, muito interessantes e que oferece aos seus habitantes uma qualidade que é distinta de muitas outras realidades. Temos, neste momento, uma agenda cultural que faz inveja a muitas cidades.