O partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) de Santarém propôs, em reunião com membros do Executivo, a construção de uma rede de pombais contraceptivos, para reduzir a sobrepopulação de pombos na cidade.
A proposta do PAN surge na sequência da deliberação, por parte da Câmara Municipal de Santarém, no dia 9 de Novembro, de solicitar que à Assembleia Municipal que declare como praga urbana os pombos da área urbana da União de Freguesias da Cidade de Santarém, algo que o partido não concorda.
Segundo o PAN, o pombal contraceptivo é “uma estrutura na qual é possível realizar um controlo eficaz, sustentável e económico da população de pombos citadinos, substituindo os métodos habituais de abate e de afugentamento por falcões por uma alternativa ética e não letal, que respeita 100% as necessidades etológicas das aves sendo, de resto, já usado há largos anos com sucesso em outras cidades europeias”.
“Este é um método que consiste em incentivar as aves a nidificarem em locais específicos, proporcionando-lhes para o efeito abrigo, alimento e água. Uma vez aí estabelecidos os pombos irão passar a maioria do seu tempo dentro da estrutura (pombal), estabelecendo aí os seus ninhos. Posteriormente, equipas responsáveis limpam e cuidam do espaço e retiram os ovos substituindo-os por outros – de gesso ou plástico –, prevenindo o nascimento de novos espécimes de forma descontrolada”, refere um comunicado do partido.
“O método representa uma vantagem a nível de custos, de logística, de enquadramento paisagístico e de higiene, uma vez que, concentrados no pombal para nidificar e comer, as aves não mais irão mais procurar parapeitos ou telhados de casas e monumentos para o fazerem, salvaguardando a preservação do património histórico da cidade”, pode ler-se.
“O pombo-citadino é uma ave que se desenvolveu a partir da domesticação de pombos selvagens, ocorrida há milhares de anos, e coabita as cidades com os humanos desde sempre, pelo que esta alternativa passa pelo reconhecimento dos pombos como animais sencientes e comunitários, naturais das nossas cidades e parte da paisagem urbana, devendo os métodos empregues de controlo da sua natalidade merecer o maior respeito para com o bem-estar animal”, conclui a mesma nota.