Realizaram-se ontem, 25 de Julho, dois encontros entre António Filipe, deputado do PCP na Assembleia da República e outros dirigentes regionais com a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e com a delegação regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Nestes encontros, foram reforçadas as preocupações do PCP relativamente às consequências de décadas de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) protagonizadas pela política de direita levada a cabo por sucessivos governos do PS, PSD e CDS-PP que ainda hoje se fazem sentir, tanto nas diversas unidades hospitalares do distrito, bem como na falta de resposta dos serviços de proximidade.

Os principais problemas colocados relacionam-se com a manifesta falta de profissionais de saúde, nomeadamente médicos (com grandes dificuldades na sua contratação por parte das administrações hospitalares, sendo estas obrigadas a recorrer a prestações de serviços para colmatar as brutais dificuldades com que são recorrentemente confrontadas), enfermeiros, auxiliares de acção médica e restantes profissionais. As insuficiências a este nível são tão graves, que tomando como exemplo o Hospital de Santarém, a recente contração de cerca de 20 enfermeiros e mesmo o anúncio de abertura de concurso para mais 80, não responde às necessidades apuradas que apontam para a falta de 210.

Para além deste aspecto, mantém-se problemas relativos às condições de trabalho dos profissionais, particularmente no que toca à excessiva carga horária a que estão submetidos, bem como ao não descongelamento das suas carreiras (que não evoluem desde 2005).

O PCP chama ainda a atenção para a necessidade de se avançarem com as obras do Bloco Operatório do Hospital de Santarém, aspecto que já motivou uma pergunta do Grupo Parlamentar ao Ministério da Saúde, tendo em conta que este é reconhecidamente um elemento de maior valia e necessidade para a prestação de cuidados daquela unidade.

O PCP, reafirma a necessidade do actual governo do PS avançar com mais investimento e valorização dos profissionais da saúde, apelando a todos os trabalhadores, bem como aos utentes no geral para que se unam e lutem pela resolução dos graves problemas que se continuam a fazer sentir.

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