A VII edição do Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo vai unir as populações ribeirinhas de Portugal e Espanha numa peregrinação fluvial que vai percorrer o rio Tejo de sábado a 23 de junho, anunciou hoje a organização.

“A sétima edição desta manifestação cultural e religiosa é a maior e mais longa de todas, com 15 etapas e paragem em 60 localidades ribeirinhas, e vai começar a descer o rio no sábado, dia 25 de maio, sendo que este ano, pela primeira vez, vamos iniciar o percurso em Espanha, unindo as populações da nascente à foz do Tejo, entre Santiago de Alcântara e o estuário do rio, em Oeiras”, disse à agência Lusa Rui Rodrigues, da organização.

A iniciativa é da Confraria Ibérica do Tejo que pretende “projectar os saberes, as tradições e as diferentes culturas e modos de viver o Tejo”, disse Rui Rodrigues.

A imagem de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo vai descer todo o rio num percurso de cerca de 250 quilómetros durante quase um mês, sempre ao fim de semana, transportada por uma embarcação tradicional (bateira) e por dezenas de populares que se juntam ao cruzeiro no rio e em terra.

“Esta edição é a maior e a mais longa de todas as peregrinações realizadas, porque aumenta o número de paragens e o número de etapas, e porque começa em Espanha, o que acontece pela primeira vez na história deste Cruzeiro Religioso e Cultural”, notou, cumprindo-se assim a ambição da Comissão Organizadora de levar o cruzeiro para lá de Portugal, “dando força à identidade ribeirinha, quer de portugueses quer de espanhóis que vivem nas margens e na bacia hidrográfica do Tejo”.

A comitiva da peregrinação integra embarcações típicas do Tejo, como o tradicional picoto e a bateira, que transportam a imagem da Senhora dos Avieiros e do Tejo, a que se juntam dezenas de barcos das várias comunidades ribeirinhas e das aldeias avieiras ao longo do percurso, para além de duas embarcações dos fuzileiros e das corporações de bombeiros que garantem a segurança dos participantes.

A iniciativa, que tem a primeira etapa no sábado a ligar Rosmaninhal e Santiago de Alcântara, localidades fronteiriças, a Vila Velha de Ródão, “obriga a grande e complexa logística” que conta com o “apoio de muitas entidades”, entre autarquias, associações culturais e desportivas, particulares e EDP, que “vai ajudar a regularizar os caudais para as embarcações poderem descer o rio” ao longo de todo o percurso.

“É uma festa das gentes ribeirinhas, na sua vertente cultural e religiosa, com centenas de pessoas e manifestações de carinho e de convívio nas margens do rio, aguardando pela passagem de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo, celebrando das mais variadas formas ao longo destas semanas”, destacou.

A Confraria Ibérica do Tejo refere que o Cruzeiro Religioso e Cultural tem como objectivos específicos “dinamizar a economia local e regional, reforçar a identidade das comunidades, aproximando-as através da partilha cultural e religiosa, aproximar as comunidades do rio Tejo para usufruírem da sua riqueza patrimonial, cultural e natural, e transformar as comunidades ribeirinhas em elementos divulgadores das enormes potencialidades do rio na área do turismo sustentável e das culturas a ele associadas.

A imagem da Nossa Senhora do Avieiros e do Tejo foi consagrada na Catedral de Santarém, pelo bispo de Santarém, e coroada em Vila Velha de Ródão, pelo bispo de Portalegre e Castelo Branco.

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