O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, avançou hoje que o Plano de recuperação das aprendizagens vai ter menos professores no próximo ano letivo, por falta de fundos europeus.

“Percebemos que, no próximo ano letivo, o plano de aprendizagens vai ter menos recursos, ao nível dos professores. Ou seja, os 3.200 professores que foram afetados às escolas públicas nestes últimos dois anos, claro que não vão, se assim posso dizer, continuar no próximo ano de recuperação”, alegou.

No final de uma reunião de mais de três horas com o ministro da Educação, que decorreu em Coimbra, Filinto Lima disse aos jornalistas que, no entanto, irá manter-se o mesmo número de técnicos especializados.

“A boa novidade é que os técnicos especializados, cerca de 1.200 que chegaram às escolas, no âmbito deste plano, irão continuar na escola a fazer o seu trabalho, pelo menos no próximo ano letivo”, informou.

O presidente da ANDAEP não escondeu que apesar da reunião com João Costa ter sido “muito produtiva”, esperava que se mantivesse o reforço de créditos horários, que permitia “contratar mais professores”.

“A desculpa que foi dada foi que, de facto, os fundos europeus desta vez estão cancelados para este tipo de situação”, acrescentou.

O representante dos diretores de escolas vincou que não se podem fazer “omeletes sem ovos”, no entanto, prometeu que iriam tentar “dar conta do recado com menos recursos”.

Aos jornalistas disse ainda o arranque do ano letivo 2023-2024 “está a ser bem preparado”.

“Podíamos estar a programá-lo com mais tempo, mas acho que não está em causa o arranque do ano letivo. O que está em causa, se calhar, é um ano letivo com paz e tranquilidade, que não aconteceu este ano, e que eu gostaria que acontecesse no próximo ano letivo”, concluiu.

O Ministro da Educação, João Costa, realiza hoje reuniões cíclicas com diretores de escolas e agrupamentos.

De manhã reuniu-se em Coimbra com escolas e agrupamentos do Norte e Centro, enquanto à tarde se reúne, em Santarém, com diretores de escolas e agrupamentos de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Estas reuniões servem para preparar o ano letivo 2023-2024.

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