Foto de Arquivo
Foto de Arquivo

O porta-voz da plataforma dos sindicatos e associações da PSP e GNR considerou hoje que as declarações do primeiro-ministro sobre o subsídio de risco revelam “falta de vontade política”, expressando dúvidas sobre a possibilidade de chegar a um acordo. 

A negociação “não está a ser priorizada do ponto de vista político. Porque havendo vontade e havendo prioridade, eu quero acreditar que se conseguiria ir mais além para firmar um acordo. Não sendo possível esse acordo, tenho imensas dúvidas que possa ser celebrado ou acordado, e teremos, necessariamente, que manter a nossa defesa daquilo que consideramos o mínimo de justiça”, disse aos jornalistas Bruno Pereira, à margem do evento comemorativo do 157.º Aniversário da Polícia de Segurança Pública, que decorreu hoje, em Torres Novas, no distrito de Santarém.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo não vai colocar “nem mais um cêntimo” na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez “um esforço medonho” e não está disponível para “trazer de volta a instabilidade financeira”.

As negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco permanecem, ao fim de três meses, sem acordo depois de o Ministério da Administração Interna ter proposto um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Como contraposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026.

O porta-voz considera que os 300 euros propostos pelo governo, embora “não sejam “migalhas”, ainda são “insuficientes”, referindo que uma melhor gestão orçamental permitiria suportar esse aumento salarial.

“Com toda a compreensão para com as forças governativas, achamos que 400 euros é perfeitamente comportável. É importante haver medidas que permitam poupar dinheiro, e essa poupança de dinheiro pode ser alocada para este aumento salarial. É uma questão de vontade em fazer mais e diferente”, defendeu.

Questionado sobre as declarações do presidente do Chega, André Ventura, que apelou a todos os polícias e forças de segurança para se mobilizarem no parlamento na quinta-feira, dia em que o partido vai apresentar propostas para o setor, o porta-voz defendeu a participação cívica dos polícias, incluindo a presença na Assembleia da República para discutir questões sobre a sua classe profissional. 

“A participação cívica é algo que não está arredado aos polícias e, portanto, eles poderem ir para a Assembleia da República assistir a uma discussão de algo que eles consideram importante, não parece ser de criticar, mas sim de louvar. É uma questão da decisão individual de cada um dos polícias”, concluiu. 

Leia também...
Imagem ilustrativa

Incendio em Ourém entra em resolução

Um dos dois incêndios que lavravam no domingo no concelho de Ourém…
Foto de arquivo

Criança fica esquecida mais de 8 horas em autocarro de transporte escolar

Um menino de três anos ficou esquecido mais de oito horas dentro…
Imagem ilustrativa

Mais de 30 concelhos de seis distritos em perigo máximo de incêndio

Mais de 30 concelhos dos distritos de Bragança, Castelo Branco, Portalegre, Santarém,…

Parlamento expressa pesar pela morte do bandarilheiro António Badajoz

PAN votou contra e BE absteve-se.