Há memórias que não se apagam e a de Teresa Lopes Moreira, amiga e até há bem pouco tempo administradora deste Jornal, é uma delas.
A Teresa faria esta sexta-feira 58 anos de idade. Nasceu a 23 de Setembro de 1964, na freguesia de Marvila, concelho de Santarém, filha de Alberto de Jesus Lopes e de Maria de Lourdes do Rosário Pedro Lopes.
Quis o destino que se despedisse de nós há cinco meses, num ‘25 de Abril’ que tanto amava.
Hoje, o ‘Correio do Ribatejo’ recorda-a com saudade. Saudade da sua contagiante gargalhada, dos seus magníficos textos que faziam ressuscitar do esquecimento gratas memórias da cidade.
Colaboradora de há largos anos, sócia gerente deste Jornal desde 2013, a Teresa sempre foi de uma entrega total ao ‘Correio do Ribatejo’ que nem a fase difícil que atravessou, com a terrível doença de que foi vítima, interrompeu.
Professora, directora da Biblioteca Braamcamp Freire à qual se entregou com enorme dinamismo, colaboradora da Universidade da Terceira Idade de Santarém onde leccionava História, desde 2011, a perda da Teresa deixou-nos profundamente consternados, mas estes momentos – o Aniversário de Nascimento – servem para que nos recordemos dela e lhe deixemos um singelo mas muito sentido obrigado.
Nos seus textos, a Teresa comentava o passado, mas nunca deixou de interpretar o presente e de perspectivar o futuro, enquanto voz activa nos diferentes fóruns que frequentava, sempre de mãos dadas com a dinâmica cultural da cidade de Santarém.
Acho que todos perdemos quando pessoas como Teresa Lopes Moreira se despedem tão precocemente desta luta que é a vida.
Depois da angústia da morte de quem nos deixou cedo de mais, muito antes do tempo que todos nós precisaríamos para nos prepararmos para um desfecho tão infausto e tão dramático, o dia de hoje renova-nos a saudade e transporta-nos a muitos dos momentos bons passados neste Jornal e por este Jornal, pelo qual sempre se bateu.
As recordações são muitas e não se apagam com o tempo, pelo contrário, ganham raízes e dão-lhe vida pela grata recordação da sua presença entre nós.
Conhecedora profunda da realidade social e cultural de Santarém e da sua região, escreveu centenas de artigos que granjeavam a maior admiração por parte dos nossos Leitores, que não dispensavam a sua leitura.
Continuarmos a salvaguardar a continuidade deste título é honrar a sua memória.
A Administração e os Colaboradores do “Correio do Ribatejo” recordam-na no 58.º Aniversário de Nascimento, profundamente gratos por tudo o que nos deixou e que queremos manter bem vivo entre nós.
João Paulo Narciso