O prazo para os arguidos que foram acusados no caso de Tancos pedirem a abertura da fase de instrução do processo foi alargado até 25 de Novembro, disseà agência Lusa fonte ligada ao processo.

“O prazo foi alargado para 25 de Novembro por decisão do juiz”, indicou a fonte.

No inquérito relativo ao furto e posterior recuperação das armas de Tancos, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o Ministério Público acusou 23 pessoas, entre as quais o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo na sequência das relevações e da polémica em torno do caso.

Aos arguidos são imputados crimes de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, receptação e detenção de arma proibida.

Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O caso do furto das armas do paiol de Tancos, que abalou o prestígio da instituição militar, foi tornado público pelo Exército a 29 de Junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação/achamento do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, no distrito de Santarém, em Outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar (PJM), em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

Vários altos responsáveis da PJ Militar elementos da GNR de Loulé estão entre os acusados.

Após a acusação e em comunicado enviado à agência Lusa, Azeredo Lopes considerou que “a acusação é eminentemente política, não tendo factos e provas a sustentá-la”, e reiterou que nunca foi informado sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas do paiol de Tancos.

O antigo responsável pela pasta da Defesa avançou que ia solicitar “no prazo devido a abertura de instrução” e criticou a sua condenação “na praça pública, sem ter tido possibilidade de defesa”.

“Estou convicto que serei completamente ilibado”, declarou então Azeredo Lopes.

Além do ex-ministro da Defesa, o major Vasco Brazão e o coronel Luís Vieira, ambos da Polícia Judiciária Militar, todos arguidos no processo de Tancos, já manifestaram a intenção de requerer a abertura de instrução.

Leia também...

Museu Diocesano de Santarém há quatro anos a anunciar a memória cristã através da arte

O Museu Diocesano de Santarém assinalou o seu quarto aniversário no passado…

União com dez em campo divide pontos com Beira Mar em tarde perdulária

União Desportiva de Santarém e Beira Mar dividiram os pontos da partida…

José Gaspar lança novo livro

Integrado nas comemorações dos 450 anos da paróquia de Vale de Figueira,…

Despiste de carrinha provoca dois feridos graves e três ligeiros na EN 368

O despiste de um veículo ligeiro de passageiros provocou dois feridos graves…